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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Contra

Novo código florestal privilegia somente os latifundiários, critica MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é contra a reforma no Código Florestal, que segundo o Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, deve ser votada em abril, no mês em que o MST lamenta os 15 anos no massacre de Eldorado dos Carajás e lança as atividades do chamado “Abril Vermelho”.


Idália Nunes, coordenadora do movimento no Estado, argumenta que as mudanças na legislação apenas privilegiam os grandes produtores em detrimento da agricultura familiar. “Essas mudanças beneficiam apenas o latifúndio, para a agricultura familiar não adianta nada. Muito pelo contrário, nós somos a favor de endurecer as leis ambientais”, dispara.

Ainda de acordo com a sem-terra, os movimentos sociais precisam ser ouvidos sobre essa questão. “Nós queremos mais debates, isso não pode ser aprovado assim”, reclama. No último dia 4 de abril, diferentes movimentos sociais entregaram à ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, um documento contrário a alteração na legislação.

Os grupos defendem a manutenção dos atuais índices de reserva legal e de áreas de preservação permanente. Também são contra a anistia aos desmatadores e pleiteiam a criação de políticas públicas que garantam a recuperação produtiva das áreas protegidas e o desmatamento zero em todos os biomas brasileiros, com exceção dos casos de interesse social.

Abril Vermelho

Em MT, as atividades do Abril Vermelho iniciaram-se na segunda-feira (11), com o bloqueio a rodovia BR-163. Após liberarem a pista, os manifestantes acamparam no Trevo do Lagarto, de onde ainda deverão marchar para o centro de Várzea Grande para um protesto.

Após a manifestação em Várzea Grande, o alvo das reclamações do MST será a Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os militantes acamparão em frente ao prédio e dizem que só aceitam negociação com um representante de Brasília.

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