A diretoria do Santos conta também com a palavra do presidente Andrés Sanchez, do Corinthians, para não perder o meia Paulo Henrique Ganso para o rival. De acordo com o diretor de marketing, Luis Paulo Rosenberg, no entanto, os interesses de seu clube são mais importantes do que manter um bom relacionamento com Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, mandatário santista.

Em coletiva, Rosenberg abordou o assunto de maneira metafórica.

- Com ganso, pato ou o que seja: a gente vai fazer tudo o que puder pelo bem da ecologia, da flora e da fauna. Às vezes, até deixando algumas pessoas magoadas na lagoa.

Ganso está em litígio com a atual diretoria santista. Ele teria a intenção de se transferir rapidamente para o futebol europeu. Para cumprir o objetivo, o meia poderia ficar pouco tempo em outro grande clube brasileiro (no caso, o Corinthians) antes de viajar para o exterior. A DIS, empresa ligada ao Grupo Sonda, detém 45% dos direitos econômicos do atleta e viabilizaria a compra dos 45% que pertencem ao Santos para satisfazer seu cliente, dono dos 10% restantes.

Rosenberg, que teve papel importante na contratação de outros jogadores renomados, como o atacante Ronaldo, procurou se abster.

- Se o Ganso vem ou não, quem resolverá isso é o departamento de futebol e o presidente.

O G-4 é a união dos quatro grandes clubes paulistas, objetivando aumento de receitas. Para o diretor de marketing do Corinthians, o grupo continuaria forte mesmo se Paulo Henrique Ganso rumasse para o Parque São Jorge.

- O marketing foi fundamental também na união entre os clubes, pela forma como se empenhou para conseguir o G-4. A gente se atém à ética, mas o nosso compromisso é com o bando de loucos. O G-4 já tem solidez econômica, ligação, justificativa e motivação enormes.

Apesar de gostar de provocar os rivais, Luis Paulo Rosenberg aproveitou o assunto para enaltecer o elo com Santos, São Paulo e Palmeiras.

- A gente se entende bem, sim. Há muita fantasia aí.