Os professores da rede estadual não foram trabalhar hoje em paralisação de alerta ao governo do Estado. Mas ao invés de cruzarem os braços, os educadores foram protestar em frente à Assembleia Legislativa, Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e à sede do governo, o Palácio Paiaguás.

Os trabalhadores da educação pleiteiam piso salarial de R$ 1.350, dentre outras melhorias, como a de infraestrutura de materiais nas escolas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, o quadro da educação pública estadual é tão precário que pode ter consequências trágicas.

“Os patamares da educação no Estado podem gerar um tragédia nacional. Não podemos aceitar essa lógica suicida que impera na educação em Mato Grosso. Podemos ter muitos realengos por aqui”, reclamou em frente à Seduc, fazendo referencia ao massacre realizado no último mês em uma escola do Rio de Janeiro.

Participaram da passeata caravanas de Pontes e Lacerda, Cáceres, Rondonópolis, Poconé, Acorizal, Jangada, Santo Antonio do Leverger, Jaciara, Primavera, Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com a Polícia Militar e o próprio Sintep, cerca de 400 manifestantes estavam presentes.

Um dos eixos do protesto dos professores é a política de isenção de impostos adotada pelo governo do Estado. Para o Sintep, muitas empresas não dão a contrapartida social combinada e o Estado deixa de arrecadar impostos e, consequentemente, deixa de repassar verbas para a educação.

O sindicato também pleiteia a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público.

Greve

O Sintep ainda aguarda a proposta do governo do Estado para deliberar pela possível entrada de greve por tempo indeterminado. Uma comissão se reunirá ainda nesta semana para agendar a reunião que votará a paralisação.