Um programa para universitários de graduação brasileiros oferece 77 bolsas de estudo para um curso de três semanas na China. O programa, promovido pelo banco Santander, também irá levar 23 professores ao país.
O curso inclui aulas em inglês sobre meio ambiente e urbanismo, como foco em desenvolvimento sustentável. A Universidade de Pequim e a Universidade Shanghai Jiao Tong receberão a comitiva brasileira. O grupo tem ainda aulas de mandarim e sobre a cultura chinesa. Além disso, segundo o diretor do banco, Jamil Hannouche, participam de viagens turísticas.
Para participar, os alunos das instituições de ensino superior devem fazer uma inscrição online, disponível no site do banco (link para a página do programa).
A seleção é feita pelas universidades. Entre os requisitos para participar estão uma boa média geral nas notas, ter baixa renda, conhecimentos de inglês e ter concluído 40% do curso. As inscrições estão abertas há duas semanas. Segundo o Santander, foram feitas 1.600 inscrições até terça-feira (26). O prazo vai até 8 de maio. A seleção ocorrerá em 28 de maio e o embarque será realizado em 29 de junho.
O programa está sob coordenação da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Segundo o reitor da universidade, Julio Cezar Durigan, o programa terá o apoio do Instituto Confúcio, criado na Unesp com a embaixada da China, para promover estudos sobre a cultura chinesa. “Os estudantes dos dois países terão muito a conversar e experiências a serem trocadas”, disse Durigan, durante o evento de lançamento do programa.
O cônsul da China em São Paulo, Sun Rongmao, disse que o intercâmbio educacional e cultural ajuda a estreitar a relação entre os países. “Vocês (estudantes) são o futuro, representar o futuro da relação significa responsabilidade. Aproveitem a chance para conhecer a China com os próprios olhos”, afirmou.
A estudante de nutrição Tatiana Sadalla Collese, de 22 anos, participou do programa no ano passado. “Conhecer o mundo era meu sonho”, disse a jovem, que atua em organizações não-governamentais contra o desperdício de alimentos.
Entre as instituições participantes estão a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
Curso de férias pago
Um outro curso de férias na China, mas que precisa ser pago pelo estudante, é oferecido em um convênio entre a Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE) e a Beijing Language and Culture University (BLCU), reconhecida pelo Ministério da Educação da China como única universidade internacional com foco principal no ensino da língua e da cultura chinesa para estrangeiros.
O curso será em julho e é aberto para estudantes de todas as áreas de conhecimento que tenham inglês avançado. Os alunos brasileiros ficarão alojados no próprio campus da universidade, terão aulas de economia, política, relações internacionais e ambiente de negócios na China. Serão ministradas também aulas de mandarim nível básico. Todas as aulas serão dadas em inglês. A taxa de inscrição é de US$ 200 e o pacote aéreo e terrestre sai por US$ 4.990, além das taxas de visto. Mais informações no site da CBCDE ou pelo telefone (11) 3082-2636