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Terça-feira, 30 de abril de 2024

Notícias | Meio Ambiente

SÃO THOMÉ

Acusado de liderar quadrilha que fraudava sistema da Sema está solto

Antonio Paulo de Oliveira, o “Pachola”, preso em dez de março, acusado pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, de ser o “cabeça” ...

Antonio Paulo de Oliveira, o “Pachola”, preso em dez de março, acusado pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, de ser o “cabeça” de uma quadrilha que fraudava créditos ambientais no sistema da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), não está mais preso e vai responder processo em liberdade.


Olhar Direto apurou que Pachola foi solto esta semana do Presídio Ferrugem, em Sinop, e voltou para União do Sul (660 km de Cuiabá), onde reside e fica a “Fazenda Moreira”, área que, segundo a polícia, foi grilada por Pachola, em 2007. Depois, a propriedade foi “esquentada” no Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) por meio de um tabelião do Cartório do 1º Oficio de Peixoto de Azevedo.

Com a escritura em mãos, Pachola – que já trabalhou na Polícia Civil - colocou em prática a segunda parte da fraude. Ele, por meio do enteado Rodrigo Lara, entrou na Sema com pedido de Licença Ambiental Única (LAU) e do Plano de Exploração Florestal.

Os processos tramitaram rápido naquela Secretaria e, conforme as investigações da Dema, contou com a colaboração do analista ambiental Jackson Monteiro de Almeida. Este foi até a fazenda e “aprovou” o inventário das árvores (que na verdade não existiam na mata). Depois de aprovado o plano de exploração, a quadrilha conseguiu a inserção virtual de 20 mil metros cúbicos de toras no CCSema - Cadastro de Consumidores de Recursos Florestais.

Com os créditos virtuais, eles vendiam notas que “esquentavam” madeiras retiradas de forma irregular de outras áreas. As investigações da polícia constataram, por exemplo, que madeireiras de Marcelândia (90 km de União do Sul), Cláudia (80 km), Sinop (160 km), Tapurah (410 km) e até Pontes e Lacerda (mais de 500 km da Fazenda Moreira) vendiam madeira serrada, tendo como origem as toras que nunca foram retiradas do plano de manejo – fraudado. A madeira beneficiada por essas serrarias eram retiradas de forma irregular, sem plano de manejo, em florestas próximas às cidades onde estavam instaladas as indústrias.

Segundo o delegado que conduziu as prisões em Sinop, Luis Henrique de Oliveira, a quadrilha vendia a documentação fraudulenta a cerca de R$ 300 por metro cúbico de tora, o que chegaria a R$ 21 mil por carga. O esquema teria rendido cerca de R$ 3 milhões para o grupo, com o equivalente a mais de 1.2 mil carretas de madeira vendida.
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