O setor produtivo do município de Juína (735 km de Cuiabá) já foi avisado, em reunião com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e a cidade está na iminência de ser alvo da Operação Disparada.

De acordo com o gerente executivo do Ibama no município, Jhony Alex Drhemer, o órgão está aguardando dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre o avanço do desmatamento na região para desencadear a operação.

Drhemer garantiu que a conversa com os produtores teve saldo positivo e contou com a colaboração de todos. De acordo com o Ibama, no início do encontro, os proprietários rurais estavam apreensivos e com receio de perderem o gado, mas foi esclarecido que a apreensão só ocorrerá em áreas embargadas ou desmatadas sem autorização.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, que esteve presente na ocasião, aprovou a reunião realizada antes mesmo de a operação ter sido deflagrada, mas pediu que o Ibama saiba separar o 'joio do trigo', entre os produtores rurais.

Para Prado, o Ibama não pode colocar os ‘bons produtores no mesmo balaio dos ruins’. Ele lembrou também que muitos já regularizaram a situação na região e comemorou o fato de o setor ter sido ouvido antes de a operação ter se iniciado.

A operação Disparada é uma ação continuada. Em cidades que já foram alvo, o Ibama apreendeu gado, maquinários e equipamentos como colheitadeiras e tratores, além de toneladas de grãos. No estado, já foram aplicados mais de R$ 40 milhões em multas. E a soma de produtos e equipamentos apreendidos ultrapassa a marca de R$ 2 milhões.

Participaram da reunião em Juína os prefeitos de Brasnorte, Castanheira, Juruena, Cotriguaçu, Aripuanã, Juína, Colniza, e Juara/MT e proprietários rurais de Aripuanã, Juína, Colniza, e Juara.