Há pouco menos de um ano, a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro (Cinpol) prendeu assaltantes disfarçados de motoristas de taxi que usavam veículos piratas com placas clonadas. Um deles, Pálio Weekend de placas LBR 9750 – apreendido, estava com os selos de vistoria da prefeitura e de aferição do taxímetro falsificados.
Em outra ocasião, denúncias anônimas fizeram policiais da 33ª DP (Realengo, também no Rio) prender seis taxis piratas da cooperativa Rio Elite Service, que teria pertencido ao falecido ex-traficante, José Carlos dos Reis Encina, o “Escadinha”. Ele foi um dos principais chefes do tráfico de entorpecentes na década de 80, do Morro do Juramento, em Tomás Coelho, Zona Norte da cidade.
Esses e outros casos semelhantes de fraudes e violência envolvendo taxis, e a proximidade do Mundial de Futebol 2014 fizeram soar um alerta sobre o aumento de casos semelhantes em Mato Grosso. Na Assembleia Legislativa, o vice-líder do governo, deputado Wagner Ramos (PR), pediu a proibição da venda de taxímetros e impressoras correspondentes para pessoas físicas não credenciadas pelos órgãos competentes.
Em estudo na Comissão de Indústria, Comércio e Turismo, o Projeto de Lei nº 74/2011 também quer o fechamento de lojas que contrariem as novas regras. Para o parlamentar, a medida pretende frear o crescimento da prática ilegal no setor pelos taxis piratas.
“Os prejuízos não atingem apenas o taxista legalizado e essa prática também envolve questões como segurança e a imagem da cidade em termos de serviço. Precisamos intensificar ações para proteger nossa sociedade e aqueles que vierem a Mato Grosso, principalmente em um evento com a magnitude da Copa Mundial de Futebol, em 2014”, explicou Wagner Ramos.
Na capital, o vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Cuiabá, Adailton Lutz Leite Bispo, lamentou a existência dos taxis clandestinos. “A aprovação desse projeto do deputado Wagner Ramos vai gerar benefícios múltiplos para a sociedade, principalmente a segurança dos cidadãos de bem e dos nossos taxistas, além de evitar perdas no trabalho destes últimos”, disse o vice-presidente.
Em apenas quatro das maiores cidades de Mato Grosso, o número de taxis ultrapassa a casa dos 800: são 604 em Cuiabá e 178 em Várzea Grande. Em Rondonópolis e Sinop, são cerca de 80 e 30 taxis, respectivamente.
