Perto de sua estreia pela Brawn na temporada 2009 de Fórmula 1, o piloto brasileiro Rubens Barrichello mostrou bastante descontração na gravação do programa "Altas horas", que foi ao ar na madrugada deste sábado para domingo. De calça jeans rasgada, tênis e camiseta, e com o filho Fernando, de dois anos, respondeu a perguntas do apresentador Serginho Groissman, do público presente e até da atriz ísis Valverde, uma das convidadas. Além de falar sobre o livro autobiográfico que vai lançar, deu bastante risada ao rever vídeos seus de criança no kart - "Eu tinha cabelo na época", brincou -, contou que é míope e sonâmbulo e ainda foi ao púlpito, quadro do programa usado para os que querem reclamar. 
- Protesto contra aqueles que ficam sacaneando o Barrichello. Ele é brasileiro, quer ganhar, peço que o apoiem.

Perguntado sobre o fato de ser vítima dos humoristas brasileiros, Rubinho, apesar de bem-humorado, não escondeu sua contrariedade.

- Há coisas que não me agradam. Sátira de uma pessoa que é brasileira, ama o país, vai lá, dá o sangue para poder chegar... Depois do pedido pelo rádio, tive oito segundos pra decidir se deixava o alemão passar. Se pudesse, naquela hora ligava pro mundo inteiro. Após a corrida, fui para um canto e chorei meia hora de raiva - disse Barrichello, sobre a prova em que teve de dar passagem para Michael Schumacher no GP da Áustria de 2002, que acabou se tornando, negativamente, o divisor de águas em sua carreira.

Rubinho aproveitou para contar seus problemas.

- Tenho problema de ser míope e fui muito sonâmbulo. Com oito anos de idade, meu pai me pegou de macacão para ir para a pista. Ano passado, quando fui jogar golfe na Bahia, acordei fora do quarto do hotel, de pijama. Estava com a bexiga cheia. Artista e piloto são bem loucos - afirmou Barrichelo, que admitiu já ter feito xixi dentro do carro e que sempre encontra os pilotos no banheiro antes da prova.

Ainda sobre a Fórmula 1, Rubinho falou do otimismo com a Brawn e da dificuldade de fazer amizades no circo

- Meu melhor amigo é o Felipe Massa, disse, lembrando também do grupo que joga pôquer às quintas-feiras, como Robert Kubica, Timo Glock, Giancarlo Fisichella e Felipe Massa.



Sobre o livro, o brasileiro voltou a dizer que terá muitas revelações.



- Tem muita coisa que o povo não sabe que eu gostaria que soubesse. Há muitas inverdades. Na época, fiquei muito quieto.