O empresário e lobista Josino Pereira Guimarães, preso no início da tarde desta segunda-feira (9), em Rondonópolis (218 km ao Sul de Cuiabá), se apresentou na Delegacia da Polícia Federal do município, mas não sabia que seria preso. Ele foi levado para o presídio Major Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, e aguarda ser transferido para Cuiabá.

Apesar de ser considerado pacato, Josino é acusado de ser um dos mandantes do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral, encontrado morto em 1999 em uma cidade no Paraguai, na fronteira com o Brasil.

Josino Guimarães foi acusado por Leopoldino de ser intermediador de venda de sentenças no âmbito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, fato que ninguém jamais contestou porque era conhecimento de qualquer advogado de Mato Grosso o esquema de comercialização de decisões judiciais no Estado.

Segundo informações de uma fonte do Olhar Direto, em Rondonópolis, Josino chegou à Delegacia da PF sem advogado, quando foi informado do mandado de prisão preventiva contra ele, expedido pelo Juízo da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Mato Grosso, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

“Ele se apresentou, mas não sabia que estava sendo procurado para ser preso”, disse a fonte. Em seguida, Josino teria telefonado para seus advogados de Cuiabá e Rondonópolis e familiares informando sobre a prisão.

O acusado foi encaminhado por agentes da Polícia Federal ao anexo da Mata Grande, onde não há celas especiais. No entanto, segundo informações, é provável que o empresário esteja em alguma sala fora da cadeia aguardando sua transferência.

Ainda não há informações se a transferência será feita pela Polícia Federal ou pelo Sistema Prisional do Estado. “Mas é provável que seja a PF”, declarou a mesma fonte. Josino é cunhado do senador Blairo Maggi (PR) e é defendido por uma das mais influentes bancas de Mato Grosso.

Atualizada aos 42 minutos de terça-feira (10-05)