O desembargador aposentado Odiles Freitas de Souza negou qualquer envolvimento no esquema de farsa armado pelo empresário Josino Pereira Guimarães e o delegado Márcio Pieroni para provar que o juiz Leopoldino Marques do Amaral estaria vivo. O magistrado é citado na denuncia do Ministério Público Federal (MPF) como um intermediador entre Pieroni e o presidiário Abadia de Paes Proença.
“Eu conheço o Pieroni desde quando ele chegou em Mato Grosso, quando o pai dele tinha um ferro velho, mas não tenho nenhum envolvimento com isso. O que aconteceu é que meu filho comentou comigo que o preso havia informado que era motorista do juiz Lopoldino e estaria vivo. Então encontrei com Pieroni em Chapada, onde temos casa, e comentei com ele o fato. Daí a falar que eu intermediei, não existe. Apenas dei as informações que eu tinha como qualquer cidadão que sabe de uma investigação”, afirmou em entrevista ao
Olhar Direto.
Odino explicou que na época uma advogada, vizinha do filho dele, havia sido assassinada e durante a investigação chegou-se a Abadia. No dia da reconstituição do crime, o filho do magistrado foi chamado para ajudar esclarecer os fatos e ouviu o presos falando que seria motorista de Leopoldino e o juiz estaria vivo vivendo no Paraguai.
Conforme a denúncia do MPF, há fortes indícios de que a aproximação entre Abadia e Pieroni foi patrocinada pelo desembargador aposentado. Odiles foi um dos magistrados denunciado por Leopoldino, no esquema de venda de sentença no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Apesar da denúncia, Odiles garante que nunca se envolveu no caso e contou ainda que foi procurado por dois policiais federais e deu as mesmas informações dadas a Pieroni. Os mesmos agentes procuraram também o filho do desembargador, responsável por informar o pai sobre o assunto.
Odiles, informou ainda, que faz questão de esclarecer os fatos, pois apesar de ser desembargador aposentado, a informação acaba denegrindo a imagem da magistratura.
Atualizada às 11h31
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