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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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'derrota certa'

Diante de 'derrota certa', senadora retira requerimento para ouvir Palocci

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) retirou nesta terça-feira (24) o requerimento que pedia a ida do ministro da Casa Civil...

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) retirou nesta terça-feira (24) o requerimento que pedia a ida do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado para explicar sua evolução patrimonial entre 2006 e 2010. Marinor acusou a base governista de estar blindando o governo.


"O governo continua batendo o pé para evitar a vinda do ex-ministro da Fazenda. Só que esta Casa ainda tem 11 comissões e ainda estamos colhendo assinaturas para CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Não vamos desistir de ouvi-lo", declarou.

Já o senador governista Renan Calheiros (PMDB-AP) acusou Marinor de retirar o requerimento por saber que a derrota "certa" inviabilizaria a reapresentação do pedido dentro de um ano. "É importante votarmos, porque a intenção da senadora é manter a Comissão de Meio Ambiente como palco político para essa questão", afirmou.

Calheiros ainda deu o assunto por resolvido e considerou inviável a aprovação de requerimentos para ouvir Palocci ou de alguma CPI. "Das 54 cadeiras em disputa no Senado na última eleição, 47 ficaram com aliados do governo. A senadora Marinor não quer manter o requerimento porque sabe que vai expor o quadro político envolvendo essa questão", conta.

O senador ainda afirmou que as propostas de CPI não devem conseguir mais do que 20 assinaturas. São necessárias 27. Os questionamentos por parte da oposição contra Palocci surgiram após reportagem que aponta aumento de 20 vezes em seu patrimônio entre 2006 e 2010.

Informações privilegiadas
A senadora do PSOL ainda informou que o partido entrará com um projeto para impedir que integrantes do governo que tiveram acesso a informações estratégicas acabem repassando para a iniciativa privada. "Queremos proibir o uso de informações privilegiadas, que as pessoas que ocupam cargos estratégicos no governo têm", conta.

Marinor citou carta em defesa de Palocci que citava outros ex-ocupantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central para afirmar que o problema é recorrente. "Temos que cuidar para que esse tipo de informação não venha servir depois para ganhos extraordinários a politicos que se tornam importantes nomes na iniciativa privada", completa.
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