O Tesouro Nacional divulgou hoje mudanças no Tesouro Direto para facilitar o acesso do investidor ao programa e reduzir os seus custos. Conforme já antecipou a Agência Estado, a BM&FBovespa irá incentivar a integração dos sistemas de home broker (instrumento que permite a negociação de ações via internet) dos agentes de custódia com o site do Tesouro. Com isso, os investidores poderão comprar e vender títulos públicos dentro do sistema do seu próprio agente de custódia, sem precisar entrar no site do Tesouro Direto. Outra vantagem, segundo a nota do Tesouro, é que o investidor vai contar com várias opções de investimento, como renda fixa e renda variável, em um mesmo ambiente.
As mudanças ocorrerão em duas etapas. Na primeira delas, de caráter técnico, a Bolsa disponibilizará as ferramentas tecnológicas necessárias para integração dos sistemas. Na segunda etapa, haverá subsídio financeiro de até R$ 50 mil para 10 agentes de custódia escolhidos com base em critérios de avaliação previamente estabelecidos.
Os agentes de custódia serão avaliados em relação ao valor da taxa de administração cobrada, ou seja, quanto menor a taxa, maior sua pontuação. Também receberá mais ponto o agente do Tesouro Direto com maior participação na negociação dos títulos do programa. Por fim, também receberá mais pontos o agente de custódia que tiver maior participação no mercado de renda variável para pessoas físicas. Segundo o Tesouro, a distribuição dos pesos de cada critério será 40%, 20% e 40%, respectivamente.
A data limite para a finalização do processo de integração dos sistemas dos agentes selecionados é 30 de outubro deste ano.
Além do incentivo à integração, a BM&FBovespa também vem adotando ações educacionais e de divulgação do Tesouro Direto, como a inclusão do tema nas palestras institucionais da Bolsa e nos programas "BM&FBovespa Vai Até Você", "Educar" e "Top", além do desenvolvimento de um simulador e a criação de novos folhetos para investidores e agentes de custódia.
O Tesouro destaca também que haverá a redução dos custos do Tesouro Direto pela BM&FBovespa, tornando-os mais competitivos para o investidor de longo prazo e mais flexíveis para o investidor que precisar vender seus títulos em prazos inferiores a um ano.
Dentro da nova política de tarifação da Bolsa, os custos passam, a partir de hoje, a ser os seguintes: Taxa de Negociação, de 0,10% do valor da compra (na data de negociação); e Taxa de Custódia de Títulos do Tesouro Direto, de 0,30% ao ano, cobrados de forma pro rata, a cada semestre, ou na ocorrência de um evento de custódia (pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o que ocorrer primeiro.
