Petkovic não treinava com bola com o grupo desde o início de dezembro, quando o Flamengo se preparava para a última rodada do Campeonato Brasileiro 2010, contra o Santos. Voltou nesta quinta-feira, com uma camisa sem número e sem nome. Mas, para quem é um dos maiores ídolos do clube nos últimos anos, nem precisava.

- Ainda sou jogador, pelo menos nas energias. Voltei a ver meus colegas e à rotina de trabalho. Estou nessa há 23 anos. Sempre sou útil, mesmo nos treinos, nos conselhos. Estou para contribuir com o grupo, com o time. O Flamengo acha que posso ser útil fora das quatro linhas - comentou o meia.

Antes do treino, Pet bateu um papo com Léo Moura. Participou do trabalho de finalização e parecia um pouco lento em alguns momentos. O meia vinha treinando a parte física, mas com bola e junto do grupo todo isso não acontecia desde 2010. O gringo encerrou os chutes a gol um pouco antes dos demais e passou a conversar com o preparador físico Antonio Mello. O jogador não queria se aposentar neste momento, mas já se acostumou com a nova realidade.

- Estou me sentindo muito preparado. Isso acontece seis meses antes da previsão, mas isso no futebol é difícil você prever. Estou muito feliz. Minha parada acontece dentro do planejamento. Eu poderia ter parado antes, mas continuei jogando. Enquanto me sentia útil, devia isso aos torcedores. São 23 anos de vida profissional, não é fácil. Às vezes, você quer descansar sem fazer nada. Mas o jogador para ainda jovem, dá para fazer muita coisa na vida. Temos uma profissão curta. Aprendi que vou ter tempo.

Na última quarta-feira, Petkovic acertou com a diretoria os detalhes do jogo de sua despedida, dia 5 de junho, contra o Corinthians, no Engenhão. Na data, serão completados exatos seis meses desde seu último jogo oficial. Depois, o time principal do Rubro-Negro fará amistoso no dia 9 de agosto, contra o Estrela Vermelha, da Sérvia, em Belgrado.