Ao anunciar que o desmatamento em Mato Grosso retornou aos patamares considerados normais nos últimos 15 dias, o secretário estadual de Meio Ambiente, coronel Alexander Maia, diz que é impossível fazer um acompanhamento online das áreas desmatadas. Ele diz que os órgãos de proteção ambiental estaduais e federais se baseiam nas imagens de satélite captadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

“Ao contrário do que imagina a opinião pública em geral, não temos à disposição um Big Brother monitorando a floresta com uma câmera durante 24 horas por dia. Não existe nenhum sistema neste sentido. Contamos, sim, com ações preventivas e a manutenção de equipes da Sema e do IBAMA em diversos pontos do Estado”, afirmou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

A redução no desmatamento no Mato Grosso e a intensificaçào das ações preventivas e de monitoramento foram tema de reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, com membros do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em Brasília, nesta quinta-feira (26).

Segundo ele, o comitê de crise instalado pelo Ministério do Meio Ambiente para monitoramento do desmatamento na Amazônia Legal fez a primeira análise da situação em Mato Grosso após a divulgação dos dados INPE, há duas semanas, que apontou aumento de 450% no desmatamento entre janeiro e abril deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com Maia, a situação voltou a ficar sob controle. Segundo ele, se não houvesse já um trabalho preventivo em relação à derrubada da mata e às queimadas, a situação seria muito mais grave.

“Fizemos uma análise nos primeiros 15 dias de maio e a situação de desmatamento voltou a ficar sob controle. Se não estivéssemos adotando uma série de ações preventivas, a situação poderia ser catastrófica”, revelou o secretário.