Apesar das 27 irregularidades apontadas pelo relatório das contas do Estado, referentes ao exercício de 2010, o pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou por unanimidade o balancete, porém fez recomendações de medidas corretivas. O que chamou a atenção dos conselheiros foi o cálculo atuarial, o qual aponta um déficit superior a R$ 15 bilhões do sistema previdenciário de Mato Grosso, apenas do Poder Executivo.

Este é um déficit impagável a curto e médio prazo e o sistema caminha a passos largos para uma falência prematura, visto que o Funprev (Fundo Previdenciário) tem apenas oito anos. O procurador do Ministério Público de Contas, Alisson de Alencar, informou que a Constituição Federal prevê a criação de um fundo único previdenciário para todos os poderes.

O auditor Geral do Estado, José Alves Pereira Filho, informou que o governador Silval Barbosa (PMDB) já determinou ao secretário do Estado de Administração, Cesar Zílio, para conversar com os outros poderes para discutir a criação do fundo único para previdência.

De acordo com fontes do TCE, o déficit previdenciário de 2010 ficou na casa dos R$ 156 milhões. A projeção do cálculo atuarial (estudo realizado para descobrir quanto será gasto com encargos previdenciários dos servidores) foi externada pelo auditor substituto de conselheiro Luis Henrique Lima, durante emissão do voto relator das contas do ex-governador Blairo Maggi (PR) e do governador Silval Barbosa (PMDB) do ano passado.

Esta é uma situação considerada grave apontada no relatório do TCE que identificou 27 irregularidades nas contas de 2010, sendo quatro durante a gestão Maggi e outras 23 no governo Silval, sendo uma gravíssima e as outras variam entre graves e moderadas. 
 
Atualizada às 17h21/ Atualizada às 17h40/ Atualizada às 18h29