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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Epidemia

Epidemia de dengue mata sete pessoas em MT e preocupa governo

Foto: Thalita Araújo/OD

Secretário Augustinho Moro

Secretário Augustinho Moro

No ano de 2007, Mato Grosso teve 29 casos graves de dengue. Em 2008, foram 16 os casos. Neste ano, apenas nos três primeiros meses, os casos graves registrados já somam 256. O crescimento do número de casos é visivelmente absurdo, e as mortes constatadas já são sete, com mais um óbito ocorrido na sexta-feira que pode ser confirmado e aumentar esse número para oito. Dentre os mortos, cinco eram crianças.


Em coletiva à imprensa nesta segunda-feira, o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, alertou sobre o quadro preocupante da dengue e pediu apoio dos veículos de comunicação no combate à doença, ajudando a conscientizar a população de que todos devem colaborar. “A sociedade precisa nos ajudar”, pede o secretário. Essa ajuda funciona com cada morador cuidando de sua casa, não deixando água parada e eliminando possíveis focos do mosquito da dengue. Esse tipo de trabalho, constante e frequente, só o morador pode fazer.

Para tentar frear o quadro da doença, o secretário explica que algumas ações estão sendo tomadas, como equipes reforçadas de limpeza em Cuiabá e Várzea Grande e disponibilização de mais profissionais nas policlínicas para atender aos casos de dengue. Essas duas cidades são as mais preocupantes, detentoras de cerca de 180 dos casos, grande maioria. Em Cuiabá ainda existem 39 casos sendo investigados e, em Várzea Grande, mais 65.

Na ação de combate, também foi incluso o chamado fumacê, uma fumaça de combate ao mosquito que, por ser prejudicial ao ambiente e haver indícios de ser uma substância cancerígena, é usado com moderação, apenas nos casos mais alarmantes, como é, agora, a situação. Porém, Moro explica que o fumacê não pode ser utilizado com chuvas constantes e diárias, e que é necessário aguardar pelo menos uns dois dias sem chuva.

No município de Várzea Grande serão investidos cerca de 400 mil reais, fora os recursos que normalmente já são destinados à causa. Em Cuiabá ainda não há um cálculo de quanto será gasto. “Vamos fazer o que for necessário e depois sentamos para ver a contas”, diz Augustinho.


A possível explicação

O aumento alarmante do número de casos graves da dengue em Mato Grosso pode ser devido ao retorno de um dos quatro tipos da doença que há muitos anos não se manifestava no Estado: o tipo 2.

A Dra. Silbene Muller, médica epidemiologista da Secretaria de Estado de Saúde, disse que isso ainda é apenas uma forte hipótese, mas que ainda não há resultado dos exames que estão sendo feitos. “O sorotipo 2 é o mais grave dos 4 que existem. Há muito tempo que ele não aparecia”, diz a Dra. Silbene.


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