A operação Guardiões do Araguaia, realizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) na região Nordeste do Estado de Mato Grosso –que compreende os municípios no Norte do Araguaia, já lavrou 20 autos de infração com multas que somam mais de R$ 12,8 milhões. As penalidades foram principalmente em áreas nos municípios de Confresa, Vila Rica e São Félix do Araguaia.

A operação envolve agentes ambientais federais dos estados de Mato Grosso, Doiás e Rio Grande do Sul, que verificam polígonos de desmatamentos em campo identificados por meio de imagens de satélite. Além disso, há o registro de denúncias recebidas na base operativa montada na cidade de Confresa.

Segundo o chefe da Operação, Stanley Vaz dos Santos, “o total de área embargada já chega a 2.1 mil hectares e deve aumentar consideravelmente, uma vez que são apenas treze dias de operação”, informa, por meio da assessoria do Ibama.

Segundo o instituto, entre as infrações que estão ocasionando a destruição da floresta amazônica na região, as mais frequentes tem sido a derrubada da vegetação seguida de queima da área e, o incessante e gradativo uso do fogo até a completa destruição para a formação de pastagens.

Foi verificada, também em campo, a técnica de anelamento do caule das árvores (retirada da casca e de uma fina camada lenhosa), obstruindo-se o fluxo de seiva elaborada que alimenta toda a planta. Aduz o Ibama que a prática é uma tentativa de confundir a fiscalização, ao induzi-la a crer que as mesmas foram mortas naturalmente, uma vez que, neste processo, as árvores ressecam e não ficam as marcas do corte por motosserra.

Foto: assessoria