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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Fêmeas de hominídeo migravam e machos ficavam em casa, diz estudo

Foto: Divulgação

Fêmeas de hominídeo migravam e machos ficavam em casa, diz estudo
A ideia de que os homens têm mais dificuldade para deixar a casa da mãe pode ser piada de feminista hoje em dia, mas tinha até algum fundamento entre os nossos antepassados. Um estudo americano divulgado nesta semana mostra que as fêmeas de um hominídeo ancestral do homem tinham o costume de abandonar suas comunidades natais para viver com outros grupos, enquanto machos quase nunca deixavam seus grupos de nascimento.


A pesquisa, publicada na revista “Nature”, estudou ossadas de duas espécies, Australopithecus africanus e Paranthropus robustus, que viviam em cavernas da África do Sul.

Através de análises de um metal encontrado no esmalte do dente dos hominídeos, o grupo descobriu que as fêmeas (identificadas por serem de menor tamanho) tinham características diferentes do grupo onde estavam – o que significa que elas teriam vindo de outras áreas.

Já a maioria dos machos era, quase sempre, do grupo onde a ossada foi encontrada. De acordo com a paleontropóloga Sandi Coleman, líder do estudo, esse comportamento pode ser um sinal de que os machos da comunidade cooperavam entre si.

“O fato de que os machos ficavam ‘em casa’ pode indicar que essas primeiras comunidades de hominídeos cooperavam proximamente. Afinal de contas, os outros machos da comunidade seriam seus irmãos, tios, pais”, afirmou ela ao G1.

Segundo a cientista, a dispersão das fêmeas pode ser explicada pela formação de “casais” com machos de outros grupos. “É possível que quando as fêmeas deixaram seus grupos ela se juntaram a machos de outras comunidades”, disse Coleman.
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