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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Mercado de crédito de carbono em MT será promissor

Considerado um investimento a longo prazo, mas que promete ser o grande ‘boom’ econômico deste século, o sistema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD)...

Foto: Reprodução

Mercado de crédito de carbono em MT será promissor
Considerado um investimento a longo prazo, mas que promete ser o grande ‘boom’ econômico deste século, o sistema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD) é um mecanismo que tem como objetivo reduzir as emissões dos gases do efeito estufa (GEEs) provenientes do desmatamento e da degradação florestal, incentivar o manejo sustentável das florestas e aumentar e preservar os estoques de carbono florestais. Na visão de especialistas, Mato Grosso possui grande potencial na área e alguns projetos já começam a ser testados.


O assunto foi amplamente debatido por estudantes e especialistas da área ambiental nesta quinta-feira, durante palestra da VII Edição da Semana do Meio Ambiente 2011, que este ano tem como foco o tema “Floresta e Clima – Pensando além das copas”. Durante pouco mais de uma hora a doutora do The Nature Conservancy (TNC), Edenise Garcia, especialista de REDD Mato Grosso, explanou sobre como funciona esse mercado de credito de carbono e como é possível aliar agricultura com projetos sustentáveis.

As negociações internacionais para tratar do desmatamento e degradação florestal avançam muito lentamente. Uma das sugestões que mais recebem apoio para resolver a questão é o repasse de uma compensação financeira para países que conseguirem reduzir as taxas de desmatamento com base em um certo período. Este é o princípio da proposta Reduções de Emissões do Desmatamento e Degradação ou simplesmente REDD.

De acordo com a doutora as estimativas relativas aos custos para reduzir ou acabar com o desmatamento variam entre US$12 bilhões e US$40 bilhões anuais. A integração completa do REDD em um futuro esquema de comércio de emissões internacional exigiria o comprometimento dos países industrializados com metas de redução das emissões (em relação aos níveis de 1990) maiores do que 25 a 40% até 2020, atingindo assim reduções significativas de duas importantes fontes de emissão: combustíveis fósseis e desmatamento tropical.

Além de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), o REDD incentiva outros benefícios em termos de conservação da biodiversidade, redução da pobreza através do desenvolvimento rural sustentável, melhoria no manejo dos recursos naturais e adaptação às mudanças climáticas.

A grande questão atual é como colocar o REED em prática, tanto com relação às políticas de implementação quanto aos mecanismos financeiros. Segundo Edenise Mato Grosso já possui um projeto piloto que está sendo testado em Cotriguaçu e através dele será possível ajustar erros e acertos referentes a essa comercialização.

“Hoje tudo que é feito pelas empresas em termos de compensação é mais por marketing mesmo, por quererem associar sua imagem à preocupação ambiental que hoje está tão em voga, mas temos a certeza de que se trata de um grande investimento de futuro”, finalizou.
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