No estilo populista que lhe é peculiar, o prefeito de Rondonópolis Zé do Pátio chamou a imprensa e mobilizou assessores para a entrega das chaves de duas casas em bairros diferentes da cidade, ambos na periferia. Uma foi reconstruída depois de um incêndio em junho de 2010 no bairro Cidade de Deus e outra no Jardim Carlos Bezerra 2, que atende o pedido de uma idosa cadeirante.
“São histórias que me sensibilizaram e acompanhei pela imprensa. As casas do conjunto já haviam sido entregues, vim à noite para conferir o que aconteceu (na casa incendiada) e era uma questão de honra em construir uma nova casa pra ela”, discursou Pátio.
A diarista Lindinei Alves Miranda, de 51 anos, conta que a casa pegou fogo depois de ium neto brincar com fogo. “O colchão queimou primeiro, os vizinhos ajudaram a desligar o padrão e a tirar o botijão de gás. Há um ano vivo na casa de parentes”.
O prefeito também insistiu que a imprensa visitasse a outra casa reformada para Maria Raimunda Alves, de 66 anos, inclusive mostrando as condições da casa onde ela vivia. Cadeirante, Maria morava em um barraco de lona, madeira e telhas de eternit no Jardim Carlos Bezerra 2.
Pátio ainda lembrou que tirou mais de mil famílias de casas de lona e madeira para casas de alvenaria. “Até o final do ano quero chegar a quatro mil moradias concluídas até 2012”.
Casas derrubadas
Dentro de 60 dias a Prefeitura de Rondonópolis deve concluir as obras das cinco casas condenadas pela Defesa Civil do município por apresentarem rachaduras. As moradias estão no bairro Jardim Liberdade. “Quando apresentou as rachaduras, nós mesmos derrubamos as casas para reconstruí-las. Ainda estamos fazendo a fundação, por isso é difícil determinar um prazo, mas acho que no máximo em dois meses estarão prontas”, garantiu o gerente de Habitação da prefeitura, Paulo José Corrêa.
As famílias são de baixa renda e alguns estão desempregados. Há cinco meses eles deixaram suas casas e muitos moram na casa de familiares e outros tiveram que voltar para o aluguel. O terreno estava em solo arenoso. Seis meses após a entrega, as moradias começaram a ruir.
As 111 moradias do Jardim Liberdade foram construídas com recursos do governo federal e contrapartida do município no valor total de R$ 2,1 milhões.
