O cerco aos direitos autorais fez mais um movimento para estrangular a prática de download ilegal: estúdios de Hollywood estão negociando com provedores de internet dos EUA para criar uma ação formal contra consumidores que baixem música repetidamente pela rede. As penalidades estudadas, segundo o site da revista Wired, vão do redirecionamento dos navegadores dos infratores até mensagens antipirataria, sucedidas pela desconexão do usuário.

No entanto, a possibilidade analisada conjuntamente já se concretizou com o maior provedor: no final do mês de março, a AT&T anunciou que ampliará o envio de notificações aos seus clientes quanto a álbuns de música e a filmes, sob alegação de que eles estão fazendo 'tráfico de material pirata.'

Todo o conjunto de ações aponta também para o fato de que a Associação de Indústria Fonográfica da América (RIAA) está conversando com alguns provedores para adotar um plano baseado em três eixos (redirecionamento do navegador, notificação do internauta e corte do acesso à internet), cujo intuito é fazer com que os fãs de música parem com downloads piratas. O plano não exclui a possibilidade de pagamento de até US$ 150 mil em multas individuais.

A previsão é de que a indústria de filmes anuncie seus planos definitivos para a pirataria no começo deste mês. "As ações têm enfoque na educação dos consumidores, que receberão notificações sobre infração quanto a downloads ilegais", afirmou a Associação Americana de Filmes, por meio de comunicado.

Uma das discussões entre estúdios de cinema e provedores de internet se refere quanto ao "redirecionamento de navegadores". O browser suspeito de infração poderá ser redirecionado a um estatuto contendo termos de serviço, cujo teor informará sobre o risco de perder o acesso devido à "conduta ilícita".