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Sábado, 28 de setembro de 2024

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Centro Oeste perde para Nordeste em desigualdades

Nem Norte nem Centro-Oeste. O Nordeste é a região que mais cresceu nos últimos dez anos, resultando em importante redução na ainda grande desigualdade entre as regiões Norte e Nordeste em relação ao Sul e Sudeste. Na última década, somente quatro estados brasileiros tiveram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 40%.

Nem Norte nem Centro-Oeste. O Nordeste é a região que mais cresceu nos últimos dez anos, resultando em importante redução na ainda grande desigualdade entre as regiões Norte e Nordeste em relação ao Sul e Sudeste. Na última década, somente quatro estados brasileiros tiveram crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 40%.


Um destes estados é o Piauí, com evolução acumulada de 42%, conforme revela o Censo 2010 do IBGE. Um dado representativo é que dos quatro com mais de 40% de evolução no PIB, três são nordestinos: além do Piauí, Sergipe e Maranhão. O outro é o estado de Tocantins, que registrou crescimento de 50%.

O levantamento é o tema da matéria principal publicada no domingo (19) pelo jornal Folha de São Paulo. Baseada no levantamento domiciliar realizado em 2008, a reportagem mostra que o IBGE apontou o Piauí como a pior renda per capita, e também com o município em pior situação. Com base nos dados do Censo 2010, a Folha aponta que os oito municípios mais pobres estão nos estados do Maranhão, Amazona e Pará.

A renda domiciliar per capita do Piauí passou de pouco mais de R$ 300 em 2000 para R$ 447 em 2010 – variação positiva de 42%. O Maranhão é o último colocado, com renda domiciliar per capita de R$ 405.

O aumento do Salário Mínimo, obras de infraestrutura e o programa Bolsa Família são os principais responsáveis por estes resultados. Nos últimos dez anos, o valor do Mínimo cresceu 70%, descontada a inflação. Na prática, isso representa ganho real na renda per capita de boa parte dos assalariados nordestinos.

As obras a que se referem especialistas são, sobretudo, projetos de infraestrutura (estradas, barragens etc) e o setor de construção civil. Essas atividades fizeram do Nordeste em geral e do Piauí em particular recordista em empregabilidade.

Por fim, os programas sociais federais são o terceiro item que justifica a evolução da renda nordestina. O Bolsa Família, apesar do valor de transferência (varia de R$ 32 a R$ 242) tem impacto muito grande em pequenas cidades, precisamente onde a renda é mais baixa. Com isso, muitos passam a ter poder de consumo, o que não tinham antes.
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