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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Dia de Peixe

Peixe Santo tem boas vendas e ensina técnica de retirar espinhas

Foto: Thalita Araújo/OD

Geraldo Matsuoka ensiando a técnica

Geraldo Matsuoka ensiando a técnica

Até esta sexta-feira Santa, por volta do horário de almoço, 400 toneladas de peixe devem ser vendidas em Cuiabá pelo projeto “Peixe Santo”. Cem pontos de vendas estão espalhados por toda a cidade e, em um deles, na Praça Ulisses Guimarães, em frente ao Grande Templo, quem comprar peixe ainda tem direito a participar uma oficina básica de técnica de retirada de espinha.


Geraldo Lúcio, Diretor de Agricultura e Abastecimento do município, diz que o número total de peixes vendidos só será apurado e divulgado no fim dessa sexta. Mas que, até agora, as vendas estão muito boas, melhores que em 2008. “Ano passado foram 320 toneladas, em 80 pontos pela cidade. Esse ano são 100 pontos”, diz o diretor.

Um dos vendedores no local, João Francisco, disse que as vendas estão muito boas e que, provavelmente, se intensifiquem amanhã. Ele comercializa o tambaqui e o famoso pintado, peixe muito procurado para fazer um dos principais pratos da culinária mato-grossense, a mojica.


Peixe sem espinhas

Uma técnica totalmente original, nascida em Mato Grosso, pelas mãos de um japonês casado com uma cuiabana, curioso ao vê-la manusear os peixes da região. Geraldo Matsuoka é o mestre dessa técnica e, junto com seu filho e discípulo, Sérgio Matsuoka, passam a técnica de retirar espinhas de peixe para frente.

Desde terça-feira até essa sexta-feira Santa, eles estão na Praça Ulisses Guimarães, dando oficinas básicas da técnica, pela primeira vez em lugar público e aberto. Em uma tenda montada ao lado dos comerciantes do Peixe Santo, eles ensinam a população como ter menos trabalho – e perigo – na hora de degustar seu peixe. Quem passa por ali, basta comprar peixe, e então, tem direito a participar da oficina, levando o peixe que acabou de comprar como instrumento de trabalho. Touca, avental, tábua e facas são oferecidos na tenda. A oficina tem cerca de uma hora de duração.

Sérgio Matsuoka diz que ele e seu pai dão aulas com essa técnica no SENAC, e que já receberam ligações de vários estados brasileiros que têm interesse em aprender também. Cerca de 500 pessoas já aprenderam a arte dos Matsuoka. “Com a possibilidade da Copa, muitos restaurantes já estão procurando, para aprender. Tem turista, principalmente de outros países, que deixa de comer o peixe se ele tiver cheio de espinha. Então, até lá, o restaurante que não tiver se capacitado, vai ficar para trás”, diz Sérgio.

Ele ainda comenta que esse tipo de trabalho falta em Mato Grosso. “Nós temos a piscicultura, temos domínio de todas as técnicas de criação, mas ainda não temos toda a preocupação com a comercialização”, diz Sérgio.


Peixe ecologicamente correto

Em três pontos de venda do peixe santo, os cuiabanos puderam trocar latas de alumínio e garrafas Peti por vale-peixe. A iniciativa, proposta pelo vereador Éverton Pop (PP), esteve em três pontos da cidade: praça cultural do CPA, Pedra 90 e no Museu do Rio, no Porto. Só nesta quinta-feira santa, foram "trocados" mais de 150 quilos de alumínio e 170 de garrafas de plástico. Cada cidadão recebeu um ticket com o valor do material reciclado. O projeto foi desenvolvido em caráter experimental por meio de uma parceria entre a Prefeitura e uma empresa de reciclagem.

Nesta sexta-feira, os três pontos de coleta de produtos recicláveis do Projeto Peixe Santo funcionam até o meio-dia. A expectativa é de que o movimento aumente por conta do velho costume brasileira "de deixar sempre para última hora".
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