O segurança do banco Itaú Alexsandro Abílio de Farias disse, em depoimento à POlícia Civil, que matou o empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, 73 anos, pois vinha recebendo ameaças há 30 dias e teria sido vítima de preconceito racial por parte do cliente, que freqüentava constantemente a agência bancária onde ocorreu o crime.

Alexsandro assassinou o empresário, que ficou preso na porta giratória de segurança, na terça-feira (21) com três tiros. De acordo com o delegado Antônio Garcia, o segurança confessou o crime e afirmou que as ameaças aconteciam por causa da porta giratória da agência, que ocasionalmente travava quando o cliente entrava na agência.

“Ele (segurança) disse que vinha sendo ameaçado e agredido com palavras e no dia do crime ao sair a vítima o ameaçou de novo”, disse o delegado, em entrevista à imprensa após o depoimento de Alexsandro, na manhã desta segunda-feira (27).

Garcia explicou que um cliente, que supostamente teria presenciado a ameaça feita pelo empresário ao segurança no dia do crime, será intimado para prestar depoimento e as investigações seguem na tentativa de confirmar as declarações de Alexsandro ou não.

“Vamos ouvir uma testemunha que estava próxima para atestar ou não. Não houve risco de vida para justificar o crime, foram apenas agressões verbais”. O delegado pontuou ainda que, o funcionário da Brinks relatou à empresa e ao banco que vinha sofrendo ameaças.

Os advogados, tanto do segurança quanto da família da vítima, acompanharam o depoimento que durou quase três horas. Alexsandro será indiciado por homicídio qualificado e, caso o delegado responsável pelas investigações ache necessário pedir a prisão ele poderá ser detido.