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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Professores da UFMT só vão decidir sobre greve em agosto

Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vão decidir se entram ou não em greve somente em agosto, início do segundo semestre, no período de 19 a 24.


“Precisamos, antes, ganhar musculatura política para, se for o caso, deliberar por uma greve”, disse o presidente da ADUFMAT S.Sind, professor Carlos Alberto Eilert.

Nesse ínterim, a categoria encaminhou algumas ações para fortalecer o possível movimento grevista.

Uma paralisação de 24 horas no dia 5 de julho foi aprovada na assembleia geral de hoje, acompanhando decisão nacional tirada em reunião de todas as instituições federais de ensino ligadas ao ANDES-SN. Nesse dia, haverá um café da manhã na ADUFMAT.

Os professores da UFMT também vão elaborar uma pauta de reivindicações, que atenda aos problemas locais.

Uma próxima assembleia foi marcada para o dia 20 de julho, às 14 horas, no auditório da ADUFMAT, com pauta única. Novamente, indicativo de greve.

A categoria argumenta que, nos últimos 12 anos, sofreu 152% de perdas salariais. E que os salários dos professores das universidades federais é o mais baixo na hierarquia salarial do serviço federal.

Desde o início do ano, o ANDES-SN vem orientando uma série de iniciativas, para sinalizar ao governo a insatisfação da base. No último dia 16, servidores federais, entre eles os professores das universidades federais, marcharam na Esplanada dos Ministérios, para cobrar respeito às carreiras federais.

Na assembleia de hoje os professores da UFMT denunciaram as formas de contratação docente, que não sejam via concurso. Os substitutos (140 docentes na UFMT) e temporários (84) trabalham ainda mais precarizados do que os efetivos, sendo que os temporários não têm se quer direitos trabalhistas históricos.

A reitoria tinha representantes na assembleia. A pro-reitora de Gradução, Miriam Tereza, disse que a contratação de substitutos e temporários graduados é uma decisão política e de gestão, não só para cobrir as vagas, mas também porque professores que não têm títulos recebem salários menores. Ela afirma que se fossem priorizadas contratações de titulados a administração da UFMT teria que reduzir o número de contratos, correndo o risco de não completar o quadro docente. A pro-reitora de Planejamento, Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça, disse também que outro complicador é que em 2010 o Governo criou uma rubrica específica com limitação de contratação de substitutos.

A categoria reclama ainda que a UFMT exporta a ideia de que é uma instituição democrática, mas em suas relações internas o autoritarismo tem sido a marca registrada. Tramitam na Comissão de Ética da instituição 170 processos contra professores, parte deles críticos ao modelo de universidade pública que se tem hoje
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