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Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Médicos param de atender dez planos de saúde

Os médicos de São Paulo tomaram importante decisão em assembleia estadual realizada na quinta-feira (30.06) pela Associação Paulista de Medicina, Cremesp, Sindicatos, Academia e sociedades de especialidades. Mais de 500 profissionais lotaram as dependências da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas e, por unanimidade, decidiram suspender o atendimento a dez planos de saúde. Veja lista abaixo.


A decisão ocorreu depois de inúmeras tentativas frustradas de negociação por parte das entidades médicas. Sem qualquer resposta destas empresas, não restou alternativa, senão registrar em atos a indignação com os honorários aviltantes praticados na saúde suplementar e com as interferências abusivas, que ameaçam a prática segura da medicina e colocam em risco os pacientes.

A suspensão do atendimento se dará inicialmente no esquema de rodízio sequencial de especialidades médicas. Traduzindo: na primeira semana, parará uma especialidade por três dias - Cardiologia, por exemplo; na segunda, outra especialidade; na terceira, mais uma; e assim por diante. São 53 especialidades médicas, o que significa que, se necessário for, não haverá atendimento aos dez planos escolhidos seguidamente por tempo indeterminado, no mínimo um ano inteiro. Entretanto, os médicos permanecem abertos à negociação.

Uma comissão estadual permanente de organização do movimento, criada na assembleia estadual de 30 de junho, organizará, em conjunto com as especialidades médicas, o calendário completo do rodízio das paralisações, assim como definirá a data de início de tais interrupções. Todos esses detalhes serão divulgados dentro de aproximadamente 30 dias em coletiva à imprensa.

Haverá tempo hábil para que as consultas eletivas sejam remarcadas para outras datas, precaução que visa preservar os pacientes, razão maior da medicina. As urgências e emergências não sofrerão interrupção em qualquer momento.

O movimento estadual consiste em recomposição do valor da consulta para R$ 80,00 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), além de regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais.

Outro pleito essencial para o movimento é o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, de internações e de outros procedimentos, interferências inaceitáveis que colocam em risco a saúde dos cidadãos.

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