Os ganhos pedagógicos com a instalação da Biblioteca Ecológica – a ‘Ecoteca’ são, em primeira instância, os maiores benefícios para ambas as partes – funcionários e residentes – que convivem na casa de recuperação para menores que sofrem algum tipo de violência ‘Casa Abrigo’. O local mantido pela Secretaria de Promoção e Assistência Social pode agora oferecer aos abrigados mais uma ferramenta de inclusão social. “A leitura é extremamente importante. É por meio dela que nós nos tornamos independentes, que criamos senso crítico para entender o mundo ao nosso redor”, fala a secretária Neuma de Morais.

A instalação da biblioteca no local só foi possível por conta de uma parceria entre Governo Federal, Governo Municipal e iniciativa privada. O Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo da Cultura, a lei Rouanet, oferece as empresas privadas que patrocinam iniciativas culturais desconto de 4% sobre o total dos impostos pagos. Aqui em Rondonópolis a empresa responsável pela ação foi a ADM.

“Buscamos entre os projetos aprovados pelo Governo Federal um que contribuísse para a inserção de cidadãos, e tivemos a indicação da Casa Abrigo”, conta representante da ADM. O projeto da Ecoteca, idealizado pelo soteropolitano Jonar Brasileiro em 2001, foi então o que mais se adequou a intenção da ADM.

Segundo Jonar, a ideia surgiu quando ele viu uma banca de revistas fechada em frente a uma escola. “Vi ali a oportunidade de dar mais qualidade ao uso que as crianças dão ao tempo que elas passam no recreio”. Jonar diz que o projeto já beneficiou cerca de 30 mil pessoas. “Levamos a Ecoteca a empresas, escolas, instituições e entidades”, destaca Jonar.

ECOTECA

A biblioteca ecológica leva este nome porque é toda feita de material reciclado. Os mais de 500 livros disponibilizados foram escolhidos pela coordenação da Casa Abrigo. Treze editoras no Brasil oferecem catálogos para o projeto, que tem um número de livros significativo para disponibilizar aos parceiros para atender os mais diferentes públicos.