O senador Jayme Campos (DEM/MT) afirmou ao
Olhar Direto que defende uma apuração rigorosa das denúncias envolvendo do ministro Alfredo Nascimento (Transportes) e o diretor geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), Luiz Antônio Pagot, convencionadas de "Mensalão do PR".
A exemplo do senador Pedro Taques (PDT/MT), Campos disse que também assinará a CPI do Dnit, caso isso seja encaminhado ao Senado. Contudo, o senador mato-grossense ressalta que Mato Grosso não pode ser prejudicado por eventuais irregularidades praticadas por quem quer que seja.
“Acho que tem que investigar. Fazer uma investigação rigorosa do caso e das denúncias. Mas Mato Grosso não pode ser prejudicado, sobretudo as obras que estão sendo realizadas no território mato-grossense”, diz Campos, ressaltando que está disposto a assinar o requerimento de uma CPI.
A presidente Dilma Roussef (PT) determinou, no sábado (2) de manhã, o afastamento de Pagot; do presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o ‘Juquinha’; do chefe de gabinete do Ministério dos Transportes, Mauro Barbosa; e o assessor daquela pasta, Luiz Tito.
De acordo com a reportagem publicada pela revista
Veja, representantes do PR, partido que comanda os Transportes, funcionários do Ministério e das autarquias (Dnit e Valec) teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.
Conforme a matéria, esses órgãos cobravam um "pedágio político" de 4% sobre o valor das faturas recebidas. Em troca, garantiam o sucesso desses fornecedores nas licitações, permitiam superfaturamento de preços e deixavam correr soltos os aditamentos, que resultavam na elevação do valor das obras.
Atualizada e corrigida às 12h03