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'Mensalão do PR'

Blairo antecipa oposição e convoca ministro a prestar esclarecimentos

05 Jul 2011 - 10:08

De Brasília - Vinícius Tavares / Da Redação - Laura Petraglia

Foto: Marcos Bergamasco

Luiz Antônio Pagot e Blairo Maggi

Luiz Antônio Pagot e Blairo Maggi

O senador Blairo Maggi (PR) apresentou nesta terça-feira (5) dois requerimentos convocando o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, para prestar esclarecimentos sobre o suposto esquema chamado ‘Mensalão do PR’, divulgado neste fim de semana pela revista Veja.


O ministro deverá comparecer nas comissões de Meio Ambiente Fiscalização e Controle, e de Infraestrutura do Senado. O objetivo da convocação definida em reunião pela cúpula do PR é de se antecipar a uma possível convocação da oposição no Congresso Nacional.

Os requerimentos ainda devem ser aprovados pelas Comissões, mas segundo fontes ligadas ao senador Blairo não deve haver dificuldade da base governista em aprová-los. Na Comissão de Meio Ambiente o requerimento será votado ainda nesta manhã, após uma audiência publica que debate o Código Florestal sob o ponto de vista do setor cientifico.

A votação do requerimento na comissão de infraestrurura está marcada para quinta-feira (7). Afilhado político de Maggi, o diretor geral do Dnit Luiz Antonio Pagot, foi afastado do cargo por suposta determinação da presidente Dilma Rousseff, que estaria descontente com o excesso de gastos nas obras públicas, revisões de preços para cima.

Assessores diretos de Alfredo Nascimento e o presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, também foram afastados no sábado pelo próprio ministro, que continua no cargo, apesar da gravidade das denúncias. Juquinha é indicação do presidente nacional do PR, deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP).

De acordo com a publicação da revista Veja, esses órgãos cobravam um "pedágio político" de 4% sobre o valor das faturas recebidas. Em troca, garantiam o sucesso desses fornecedores nas licitações, permitiam superfaturamento de preços e deixavam correr soltos os aditamentos, que resultavam na elevação do valor das obras.

A Veja teria conversado com parlamentares, assessores presidenciais, policiais e empresários, consultores e empreiteiros. A reportagem ouviu deles a confirmação de que o PR cobra propina de seus fornecedores em troca de sucesso em licitações, dá garantia de superfaturamento de preços e fecha os olhos aos aditivos, alvo da ira da presidente na reunião do dia 24.

O esquema denunciado seria encabeçado pelo deputado Valdemar Costa Neto, que em 2005 foi obrigado a renunciar a uma cadeira na Câmara dos Detados abatido pelo escândalo do mensalão.
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