O senador Blairo Maggi (PR) negou superfaturamento nas obras do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) e saiu em defesa do ‘afilhado político’. Segundo ele, o diretor-geral da autarquia, Luiz Antônio Pagot, merece crédito. Além disso, a bancada do Partido da República (PR) em Mato Grosso deflagrou uma ‘operação’ para tentar minimizar o impacto do suposto ‘Mensalão do PR’.
“Pagot é merecedor de crédito e não existe superfaturamento no Dnit. O que existe é aumento das obras que foram solicitadas no período em que ele está no cargo”, declarou Maggi, durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira (5).
Apesar da defesa do congressista mato-grossense, Pagot está 'afastado' do cargo por determinação da presidente Dilma Rousseff em decorrência do seu suposto envolvimento num esquema de pagamento de propina para lideranças do PR, superfaturamento de obras com revisões de contrados.
Pagot nega e se diz indignado. Ele tinha saído de férias na última sexta-feira e a nota do Ministério dos Transporte confirmando o seu afastamento foi publicada no sábado. Por isso, seu afastamento pode ser confirmado ou não somente em agosto. Há rumores de que ele e outros indicados do PR no ministério devem ser mesmo demitidos.
Para esclarecer as denúncias publicadas pela revista
Veja do último final de semana, Maggi e o deputado federal Homero Pereira, ambos do PR, tentam incluir Pagot na mesma audiência pública em que o Senado e a Câmara Federal deverão ouvir esclarecimentos do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.
Conforme já informou o
Olhar Direto, a Comissão de Meio Ambiente Fiscalização e Controle do Senado deve aprovar ainda nesta manhã a visita do ministro para explicar as possíveis denúncias de superfaturamento em obras comandadas pelo Ministério dos Transportes.
O senador republicano ressaltou ainda que Pagot se colocou à disposição do Senado para dirimir quaisquer dúvidas a respeito da condução do seu trabalho.
“Não queremos que nada seja escondido Luiz Antônio Pagot, que está de licença, vai aguardar as investigações. Ele (Pagot) e o ministro (dos Transportes) estão à disposição do congresso para dar mais explicações”, asseverou Maggi.
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