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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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'Mensalão do PR'

Daltro diz que escândalos no Dnit não podem prejudicar MT

O governador em exercício de Mato Grosso, Francisco Daltro (PP), afirmou na manhã desta terça-feira que o afastamento de Luiz Antônio Pagot da direção-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), por causa de supostos esquemas de desvio de recursos de obras federais, não deverá causar prejuízos aos convênios já firmados entre o Estado e o governo Federal, nem mesmo atrapalhar a destinação de recursos para as obras da Copa, porém defende que o Estado ‘brigue’ para não perder espaço junto à equipe da Presidente Dilma Roussef (PT).


“Acredito que não tenha prejuízo para o andamento das as obras, nem com relação aos convênios já assinados, mas para nós é muito importante termos mato-grossenses em cargos relevantes como esse da presidência do Dnit”, disse o governador ao complementar que Mato Grosso tem uma relação muito boa com o governo Federal, que começou o governo Lula, e que agora a presidente Dilma também vem dando uma atenção especial a Mato Grosso.

“Queremos crer que essa boa relação institucional entre o governo Federa e o de Mato Grosso continue independente da indicação de nomes para composição da equipe de governo. As obras não vão sofres descontinuidade mesmo com a mudança de membros da equipe”, disparou o governador ao tentar impor um tom ‘otimista ‘ à sua fala.

O governador em exercício, Chico Daltro, defendeu que haja uma interlocução de caráter emergencial com a União, para que a vaga do Dnit continue sendo uma indicação ligada a Mato Grosso. “Eu defendo que o governo do Estado deve pleitear que seja um espaço ocupado com uma representação de Mato Grosso. São vários os membros da equipe do governo Federal que são oriundos de outros Estados, e nós vamos defender a manutenção deste espaço. É lógico que a presidente tem a prerrogativa de escolher os membros de sua equipe, mas entendo que é um direito do Estado de Mato Grosso defender que tenha uma representação na equipe do governo Federal”, finalizou.

A presidente Dilma Roussef (PT) determinou, no sábado de manhã, o afastamento de Pagot; do presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves, o ‘Juquinha’; do chefe de gabinete do Ministério dos Transportes, Mauro Barbosa; e do assessor daquela pasta, Luiz Tito.

De acordo com a reportagem da revista Veja, que denunciou o ‘Mensalão do PR’, representantes do PR, partido que comandam o MInistério dos Transportes, funcionários do Ministério e das autarquias (Dnit e Valec) teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.

De acordo com a publicação da revista, esses órgãos cobravam um "pedágio político" de 4% sobre o valor das faturas recebidas. Em troca, garantiam o sucesso desses fornecedores nas licitações, permitiam superfaturamento de preços e deixavam correr soltos os aditamentos, que resultavam na elevação do valor das obras.

A Veja teria conversado com parlamentares, assessores presidenciais, policiais e empresários, consultores e empreiteiros. A reportagem ouviu deles a confirmação de que o PR cobra propina de seus fornecedores em troca de sucesso em licitações, dá garantia de superfaturamento de preços e fecha os olhos aos aditivos, alvo da ira da presidente na reunião do dia 24.

O esquema denunciado seria encabeçado pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que em 2005 foi obrigado a renunciar a uma cadeira na Câmara dos Deputados para não ser cassado no escândalo do mensalão.

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