Olhar Direto

Terça-feira, 23 de julho de 2024

Notícias | Política BR

CPI dos Transportes

Oposição no Senado inicia coleta de assinaturas para CPI dos Transportes

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), começou a coletar assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar denúncias de superfaturamento em obras públicas do Ministério dos Transportes.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), começou a coletar assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar denúncias de superfaturamento em obras públicas do Ministério dos Transportes.


Publicadas pela revista “Veja”, as denúncias já provocaram o afastamento da cúpula da pasta no fim de semana. Foram afastados dos cargos o chefe de gabinete do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, Mauro Barbosa da Silva, o assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e o diretor-presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves.

Após denúncias de superfaturamento em obras públicas, o governo decidiu abrir sindicância para apurar o caso. Em nota, Nascimento negou que tenha sido "conivente" com supostas irregularidades ocorridas no ministério.

"O Ministro de Estado dos Transportes, Alfredo Nascimento, rechaça, com veemência, qualquer ilação ou relato de que tenha autorizado, endossado ou sido conivente com a prática de quaisquer ato político-partidário envolvendo ações e projetos do Ministério dos Transportes", disse.

A reportagem de "Veja" relata que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras. Em nota, o PR defendeu uma sindicância no Ministério dos Transportes.

Dias começou a coleta de assinatura com a adesão de oito senadores da oposição. Para abrir a investigação, o líder tucano precisa conseguir 27 assinaturas. Além do próprio Dias, assinam o requerimento o líder do DEM na Casa, Demóstenes Torres (GO), e os senadores Mário Couto (PSDB-PA), Paulo Bauer (PSDB-SC), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Cícero Lucena (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP), e José Agripino Maia (DEM-RN).

O líder do DEM afirma que a insatisfação de senadores da base aliada com a quantidade de denúncias envolvendo ministros pode favorecer a oposição na coleta de assinaturas para abertura da CPI.

“Já temos em relação à CPI alguns dissidentes. E assim vamos deixar em aberto as CPIs até que consigamos coletar as assinaturas. Evidentemente, tem crescido dentro do Senado a insatisfação com o mandonismos do poder Executivo. Ou seja, o Legislativo em algum momento vai tomar a atitude de fazer a fiscalização e controle do poder Executivo”, disse Demóstenes.

Integrante da base governista no Senado, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) já avisou que irá assinar o requerimento da oposição. Para Ana Amélia, o ministro dos Transportes saiu muito fragilizado do episódio que provocou a demissão de quatro integrantes de sua pasta. Ela acredita que só a CPI poderá apurar os desvios denunciados pela revista.

“Vou assinar. O Congresso tem a questão da CPI, que é o nosso instrumento político de trabalho. O mínimo que se pode dizer é que o ministro saiu fragilizado desse episódio, porque a presidente Dilma Rousseff tomou a decisão de demitir o dirigente do Dnit, que foi denunciado por mais um caso rumoroso, sem deixar escolha para o ministro. É uma situação que deixa muito frágil o ministro”, avaliou Ana Amélia.

Convite
Mais cedo, a Comissão de Meio Ambiente e Fiscalização e Controle do Senado aprovou convite para que o ministro dos Transportes fale no Senado sobre as denúncias de superfaturamento na pasta.

Apresentado pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o requerimento ainda prevê o convite do chefe de gabinete dele, Mauro Barbosa da Silva, do assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e do diretor-presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, todos afastados em decorrência das denúncias.

Ainda nesta terça, o senador Blairo Maggi (PR-MT) já havia afirmado que o ministro dos Transportes tinha concordado em comparecer ao Senado para prestar esclarecimentos. Segundo o senador, o ministro também deve ir à Câmara. “Tivemos uma reunião com o ministro e a bancada de senadores e deputados. Ficou decidido que o ministro irá ao Senado e à Câmara para falar das denúncias”, disse Maggi.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet