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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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'PF pode investigar Transportes se confirmados atos ilícitos', diz Cardozo

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (5), em entrevista ao G1, que a Polícia Federal poderá ser acionado caso se confirmem irregularidades na pasta dos Transportes, sob o comando do ministro Alfredo Nascimento. Segundo Cardozo, a interferência da PF deve acontecer após as apurações que estão sendo feitas no ministério dos Transportes pelos órgãos internos do governo.


“Caso existam irregularidades caracterizadoras de eventuais ilícitos penais, a Polícia Federal será chamada a intervir para investigar a pasta dos Transportes, por decisão das autoridades competentes”, disse o ministro ao G1.

Nesta segunda, a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou, por meio de nota, que fará uma auditoria “aprofundada” nas licitações realizadas pela pasta. De acordo com a CGU, a ordem de abrir investigação foi da presidente Dilma Rousseff.

A auditoria acontecerá após reportagem da revista "Veja", que publicou que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

Na nota, a CGU afirma ainda que o Ministério dos Transportes possui um “histórico” de irregularidades, mas tem demonstrado “esforço de melhoria” nos últimos anos.

Ida ao Congresso
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado aprovou no começo da tarde desta terça (5) convite para que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, fale no Senado sobre as denúncias de superfaturamento em obras públicas, responsáveis pelo afastamento da cúpula do ministério no fim de semana.


Apresentado pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o requerimento ainda prevê o convite do chefe de gabinete dele, Mauro Barbosa da Silva, do assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e do diretor-presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, todos afastados em decorrência das denúncias.

Mais cedo, o senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou que o ministro dos Transportes havia concordado em comparecer ao Senado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de superfaturamento em obras públicas da pasta. Segundo o senador, o ministro também deve ir à Câmara.

“Tivemos uma reunião com o ministro e a bancada de senadores e deputados. Ficou decidido que o ministro irá ao Senado e à Câmara para falar das denúncias”, disse Maggi.

De acordo com o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela, os deputados do PR apresentaram requerimentos de convite ao ministro em quatro comissões e certamente o convite também será aprovado na Câmara. "Queremos que ele venha esclarecer à imprensa e à população os fatos. Já conversamos com ele e ele virá", disse o líder.
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