O exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) demonstrou a fragilidade do ensino de Direito em Mato Grosso, que obteve o segundo pior índice do país, perdendo apenas para o Amapá. O presidente da OAB-MT, Cláudio Stábile, lamentou o resultado e culpou o Ministério da Educação (MEC) pelo total fracasso das faculdades do estado que aprovaram apenas 8% dos bacharéis.

“Isto é reflexo da postura do MEC que aprovou cursos de Direito por todo o país com mais de 1200 faculdades. Está se criando um batalhão de bacharéis sem condições de exercer a profissão”, afirmou Stábile em entrevista ao Olhar Direto.

O presidente informou ainda que existem 24 faculdades de Direito em Mato Grosso que “jogam” cerca de 2400 bacharéis no mercado, mas que acabam ficando restritos no mercado, já que sem a carteira da OAB ele não pode exercer as atividades jurídicas.
Em Mato Grosso, o maior índice de aprovação foi da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com 28,99%, em segundo ficou a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) com 12,16% e em terceiro está a Faculdade de Sorriso (Fais) com 11,76%.

Preocupado com o resultado do exame, Stábile informou que já solicitou ao MEC para que faça uma supervisão nas faculdades de Mato Grosso e tome providências. Recentemente, o ministério extinguiu 400 vagas no estado.