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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Gabeira segue no PV, mas diz que apoia movimento criado por Marina

O ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV) disse nesta quinta-feira (7) que apresentou seu apoio ao movimento que a ex-senadora Marina Silva deverá criar. A ex-senadora anuncia nesta quinta que deixa o Partido Verde no evento "Encontro Por Uma Nova Política", em São Paulo.


Gabeira participou do evento por videoconferência do Rio de Janeiro. O G1 informou erroneamente que o ex-deputado anunciou desfiliação do PV. O ex-deputado apenas expressou apoio ao movimento de Marina Silva, mas não declarou ter deixado o partido e afirmou que não cogita sair do PV.

“Não me desfiliei do PV. Mas apresentei meu apoio ao movimento que a Marina está iniciando. Espero que o movimento e o partido (PV) se encontrem em um determinado momento. Vou trabalhar para que isso aconteça”, afirmou.

No início do evento, o vice-presidente do PV, o deputado federal Alfredo Sirkis (RJ), confimou a desfiliação de Marina Silva. A ex-senadora anuncia também a criação de um movimento, ainda sem nome definitivo, que terá como base o lema "verde e cidadania".

Marina Silva disputou as eleições presidenciais de 2010 pelo PV e ficou em terceiro lugar, com 19,6 milhões de votos, o equivalente a 19,33% dos votos válidos. No segundo turno entre o tucano José Serra e a então candidata Dilma Rousseff (PT), Marina optou por manter uma posição de "independência" e não apoiou oficialmente nenhum dos dois candidatos.

Sirkis afirmou que pedirá licença ao partido, mas estuda por quais meios jurídicos deverá sair, devido à regra de fidelidade partidária. Ele afirmou ainda que o movimento "Verde e Cidadania" poderá se tornar uma nova legenda política a partir de 2013. Em 2014, serão realizadas eleições presidenciais.

"Todos os aliados da Marina também sairão junto com ela. O movimento, com nome definido, será lançado mesmo a partir de setembro. Hoje será apenas o anúncio", disse.

Crise
Desde o fim de junho, há rumores de que a ex-senadora e um grupo de aliados deixarão o PV devido a divergências internas com a atual presidência do PV.

Questionado sobre isso, Sirkis afirmou que os partidos onde há líderes vitalícios já não têm a mesma força. “Nem no Oriente Médio os grandes ditadores têm conseguido isso”, brincou o deputado federal, fazendo analogia às quedas de governantes naquela região, após anos de ditadura.

Alfredo Sirkis ressaltou que o movimento a ser criado não será contra o Partido Verde. “Não é o milionésimo racha. É um transbordamento do que aconteceu em 2010", definiu.

Ele afirmou que, nas eleições municipais de 2012, o movimento poderá apoiar alguns candidatos, mas que ainda não será o momento de criar um novo partido. “Já tivemos pedidos no Congresso de deputados querendo mudar em virtude da postura de Marina Silva”, disse, sem citar nomes.

Maurício Brusadin, que presidia o diretório do PV paulista, oficializou a saída da legenda nesta quarta e avaliou que o PV passa por uma crise de intermediação, assim como outros partidos.

Ele citou como exemplos as recentes denúncias sobre o Ministério dos Transportes, a disputa dentro do PR por quem vai ocupar a vaga deixada por Alfredo Nascimento e cobrança por cargos públicos feita ao governo Dilma Rousseff pelo PMDB.

“O PV não é diferente. Não é a toa que essa crise de intermediação está acontecendo. Tentamos de tudo, criamos um movimento de transição democrática, queríamos dialogar, sem atravessadores”, afirmou.

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