O senador Blairo Maggi (PR) afirmou em entrevista ao Olhar Direto, há pouco, que, “em princípio”, não aceita o convite pela presidente Dilma Rousseff para que ela assuma o Ministério dos Transportes em substituição a Alfredo Nascimento, que entregou o cargo após denúncias de esquema de pagamento de propinas para empreiteiros e, posteriormente, sobre o crescimento do patrimônio do filho do ex-ministro, Gustavo Morais Pereira, em 86.000%.

“Já comuniquei aos meus colegas de partido que, em princípio, não vou aceitar o cargo porque precisamos antes amadurecer essa questão (da escolha do substituto de Nascimento) dentro do PR. E também temos que ouvir na próxima semana, na terça-feira e na quarta-feira, o Pagot (Luiz Antônio – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)", ponderou Maggi.

Segundo o parlamentar republicano, apesar da recusa preliminar, os líderes do PR o escolheram como "a primeira opção" para assumir a pasta dos Transportes. “Isso (de Maggi ser a primeira opção do PR) já está definido, mas preciso pensar, refletir muito e ouvir ainda o que o Pagot tem a dizer”, acrescentou o congressista mato-grossense.

Além disso, Blairo Maggi disse ainda que vai consultar sua família e seus sócios do Grupo Amaggi para avaliar as eventuais implicações jurídicas e administrativas.

“O nosso grupo (Amaggi e outras empresas) tem financiamentos no BNDES e também outras ligações comerciais e tudo isso tem de ser analisado de forma bem equilibrada. Mas reafirmo que "em princípio não aceito”, afirmou.

Em síntese, Maggi quer avaliar as questões familiares e empresariais, além de analisar como será o desempenho de Pagot nas oitivas confirmadas para terça-feira (12),  no Senado, e quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados.

Atualizada e corrigida às 20h10