A editora responsável pela publicação dos livros com conteúdo racista sobre a cultura afro-brasileira e indígena informou que vai trocar os exemplares, sem custo algum para a prefeitura de Londrina, no Norte do Paraná.

Veja a reportagem do ParanáTV 2ª edição, da RPC TV Londrina

O Ministério Público pediu o recolhimento de 13.500 livros que foram distribuídos na rede municipal de ensino. Professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) avaliaram o material e concordaram que as obras têm conteúdo racista.

No gabinete do prefeito da cidade, Barbosa Neto, estão os livros distribuídos e os que deveriam ter chegado às escolas. De acordo com o secretário de Governo, Marco Cito, o equívoco poder estar relacionado a semelhança entre os títulos.

A troca foi descoberta três meses após a compra. Isso porque, segundo a secretária de Educação, Karen Sabec, os livros só seriam abertos em julho, quando os professores passariam por um curso para ensinar história afro-brasileira e indígena.

Ela disse ainda que se não fosse a denúncia, no momento do curso, a secretaria iria identificar o erro e tomar as devidas providências.

A secretária de Educação informou que vai ouvir explicações da editora, em uma reunião marcada para segunda-feira (11).

A gestora de políticas de igualdade racial, Fátima Beraldo, afirmou que foi solicitada a secretaria de Educação a elaboração de uma comissão multidisciplinar para avaliar o conteúdo de materiais didáticos que tratem na temática indígena e afrodescendente.