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Domingo, 28 de julho de 2024

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Clube BM&FBOVESPA prepara seus velocistas para o desafio do Pan

Os velocistas brasileiros vão medir forças com alguns dos melhores atletas do planeta - jamaicanos e norte-americanos, entre eles - nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O torneio de atletismo será de 23 a 30 de outubro. Sete velocistas do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA estão na pré-lista dos atletas que vão ao México e a relação ainda pode crescer com a realização de competições importantes, como o Troféu Brasil de Atletismo, de 3 a 7 de agosto, em São Paulo. O prazo de classificação para a principal competição das Américas vai até 28 de agosto, data-limite para a formação da seleção brasileira.


Por liderar o ranking brasileiro ou ter obtido o índice estabelecido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para os Jogos Pan-Americanos, estão pré-convocados Nílson André (100 m e 200 m), Ana Cláudia Lemos Silva (100 m e 200 m), Rosemar Coelho Neto (100 m), Maíla Machado (100 m com barreiras), Jailma Sales de Lima (400 m e 400 m com barreiras), Joelma das Neves Sousa (400 m) e Geisa Coutinho (400 m). Cada país pode levar até dois atletas nas provas individuais, mas ninguém deve esperar facilidades em Guadalajara.

"Temos de ser realistas: as provas de velocidade e de barreiras vão estar muito fortes no Pan", analisa o técnico Katsuhico Nakaya, do Clube BM&FBOVESPA e também da seleção brasileira. "A altitude de Guadalajara - acima de 1.500 m - favorece as provas de velocidade, mas, por outro lado, as Américas reúnem alguns dos principais velocistas do mundo, jamaicanos e norte-americanos. Mesmo que esses países levem só o segundo escalão para o Pan, ainda assim serão atletas muito fortes", diz o treinador, que orienta atletas como Ana Cláudia Lemos Silva e Nilson André, também pré-classificados para o Mundial de Daegu, na Coreia do Sul, de 27 de agosto a 4 de setembro.

"A preparação da Ana Cláudia e do Nilson está voltada para o Mundial", prossegue Nakaya, explicando que o primeiro ciclo de treinamento dos atletas terminou no Sul-Americano de Buenos Aires, de 2 a 5 de junho. Segundo o treinador, as provas de velocidade em Daegu serão ainda mais difíceis que em Guadalajara. "No Mundial, acho que os revezamentos têm mais condições de chegar a uma final do que os atletas das provas individuais. No caso do masculino, por exemplo, para conseguir chegar à final o atleta tem de fazer algo em torno de 10s5, 10s00. Hoje, já tem dez atletas no mundo correndo abaixo de 10s00", diz o treinador, lembrando que o segundo ciclo de treinamento compreende o Troféu Brasil, de 3 a 7 de agosto, no Ibirapuera.

Maíla Machado, dos 100 m com barreiras e também orientada por Nakaya, é mais uma atleta do Clube BM&FBOVESPA pré-classificada para o Pan. "A Maíla está muito bem", garante Nakaya. "Foi prata no Sul-Americano (13s22) sob condições climáticas muito adversas, de muito frio. Mas em Guadalajara as provas de barreiras também serão muito fortes."

Jailma Sales de Lima, dos 400 m e dos 400 m com barreiras, é outra atleta do Clube BM&FBOVESPA que terá uma série de competições importantes pela frente antes de chegar ao Pan de Guadalajara. Orientanda por José Antônio Rabaça, vai disputar, a exemplo de Ana Cláudia, os Jogos Mundiais Militares (de 16 a 24 de julho, no Rio), o Troféu Brasil, o Mundial e o Pan. Segundo Rabaça, "a mágica vai ser conseguir esticar a preparação do Mundial até o Pan, é um tempo muito longo". "Acredito em um grande resultado da Jailma em Guadalajara. Ela é uma menina em condições de fazer grandes resultados internacionais, mas acho que pode ir melhor no Pan do que no Mundial", diz Rabaça.

Para o técnico, o Mundial será bem mais difícil que o Pan. "Em Guadalajara, não tem atleta da Ásia, da Europa. Além disso, em outubro os melhores do mundo já vão estar se preparando para a Olimpíada de Londres, em 2012. Assim, Estados Unidos e Caribe, por exemplo, devem competir no Pan com o segundo escalão", analisa Rabaça. "De todo jeito, o Pan dá muito mais retorno que o Mundial, é uma competição mais próxima dos brasileiros. A Jailma ir a uma semifinal no Mundial não vai dizer muita coisa para o público. No Pan, ela pode ficar entre as três primeiras. No Mundial, temos uns três atletas que podem fazer bons resultados."

Rabaça, que começou no esporte como atleta, aos 16 anos, diz que seu grande sonho é ver pelos menos 20 brasileiros em semifinais de Mundiais, Olimpíadas, Pans. "Aí, sim, daria para dizer que o Brasil tem uma grande equipe de atletismo. Eu acho que vamos chegar lá. O Clube BM&FBOVESPA dá condições para isso, o apoio que dá ao atletismo é fantástico, não tem política que não seja voltada para o desenvolvimento do esporte, para os atletas terem resultados. Eu, que comecei em 64, na época do atletismo romântico, me sinto num momento mágico de poder ver o atletismo num outro nível com o apoio do Clube. Isso nos permite, eu diria que a palavra certa não é sonhar, mas ter metas, trabalhar com objetivos de chegar a Mundiais e Olimpíadas com atletas capazes de grandes conquistas."

Joelma das Neves Sousa, dos 400 m, vive um momento inédito na carreira, segundo o técnico Sanderlei Parrela, ele próprio uma estrela das pistas na distância - sua marca, os 44s29 da medalha de prata no Mundial de Sevilha, em 1999, continua a ser o recorde sul-americano dos 400 m. "Primeira convocação para a seleção adulta, primeiro Sul-Americano (integrou a equipe medalha de ouro no 4x400m, com 3min31s66), primeiro Pan...", enumera Sanderlei. "Ela vem numa crescente muito boa. Mesmo se não conseguir disputar a prova individual em Guadalajara, pelo menos o 4x400 m ela vai correr. Vai ser muito difícil ficar fora do grupo das cinco atletas do revezamento", acredita o treinador do Clube BM&FBOVESPA e da seleção brasileira. "Ela é muito esforçada e existe esperança, baseada no trabalho que estamos fazendo."

Repercussão e realização pessoal

A altitude de Guadalajara favorece as provas de velocidade - o ar mais rarefeito cria menos resistência. "Sempre é mais fácil correr na altitude", reconhece Sanderlei. "O porém é que o Pan vai ser em outubro, quando os principais atletas do mundo já estarão começando o trabalho de base para 2012, ano olímpico. No período da competição de atletismo no Pan (23 a 30 de outubro), os nossos atletas já deveriam estar voltando do período de descanso, já deveriam estar com umas duas semanas de trabalho. Aí, cabe ao treinador quebrar a cabeça para fazer dar certo. Mas é claro que vale à pena. Se for lá e conseguir medalha, dá uma repercussão enorme no Brasil, é uma realização pessoal."

A lista de convocados para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara não está fechada. O prazo para conseguir classificação vai até 28 de agosto, depois do Troféu Brasil. Rosemar Coelho Neto, segunda do ranking brasileiro dos 100 m, com 11s46, está pré-classificada, mas ainda terá de trabalhar para se firmar na segunda colocação. "Ninguém está garantido no Pan, essa pré-seleção não é definitiva", observa o técnico Victor Fernandes, que orienta a atleta. "Neste segundo semestre, a Rosemar vai ter um acúmulo de treinamento para melhorar o resultado." O treinador diz que Rosemar deve, ainda, participar de clínicas e campings organizados pela CBAt. "A Confederação vai definir quem participará dessas clínicas. Acredito que haverá uma antes do Troféu Brasil e outras depois, com a seleção já definida."

O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA integra o Instituto BM&FBOVESPA e tem parceria com o Pão de Açúcar e a Prefeitura de São Caetano e apoio da Nike.
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