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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Retrato falado tem ajudado em investigações policiais

Retrato falado tem ajudado em investigações policiais
O retrato falado, habilidade que transforma lembranças de traços e características físicas de criminosos em rostos humanos, vem sendo colocada em prática pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. É um recurso que visa dar identidade a suspeitos de crimes e com isso otimizar as investigações policiais. A ferramenta é disponibilizada na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na seção de Desaparecidos.


O desenho, elaborado manualmente pelo investigador Auri Vieira Nascimento, vai ganhando feições humanas a partir de informações passadas por vítimas e testemunhas. O processo é demorado e precisa de sensibilidade para tirar da vítima detalhes que levam à construção de um rosto. É também um trabalho delicado porque remete a pessoa a lembranças dolorosas. “Sempre converso com a vítima e digo que quem vai fazer o desenho é ela. Sou apenas um instrumento”, disse o investigador.

Um banco de imagens de criminosos da região orienta na confecção do retrato. As fotografias não são mostradas para a vítima, mas tipos de olho, nariz e boca - características marcantes de uma face – servem de parâmetro e ajudam a dar identidade a pessoas suspeitas de crimes, principalmente autores de estupro e homicídio. O investigador que usa a habilidade do desenho a serviço da polícia já elaborou, neste ano, mais de 10 retratos falados referentes a casos investigados nas delegacias de Homicídio, de Defesa da Mulher de Várzea Grande e na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente (Deddica).

O delegado da DHPP, Antonio Carlos Garcia de Matos, destaca que o retrato é mais um recurso que a polícia tem para localizar criminosos. “Tendo um retrato do suspeito e usar isso para identificar a pessoa fica mais ágil a investigação”, assegura. Segundo ele, o retrato falado deve ser divulgado e usado pelos policiais para obter informações do suspeito junto a testemunhas. ”O retrato não é a polícia que faz é a pessoa que passa informações que possibilitam colocar no papel uma ideia do autor”, reforça.

O assassinato de Reginaldo Gorgonha Oliveira, ocorrido em 17 de janeiro, em um lava-jato do bairro Áraes, teve o criminoso identificado por meio do retrato falado e a partir daí foi pedida a prisão preventiva dele.

Na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DDM) de Várzea Grande, dois casos, cujas investigações são presididas pela delegada Juliana Chiquito Palhares, recorreram ao retrato falado para elucidação do crime. As investigações caminham para um desfecho, já que agora os criminosos ganharam rostos. “O retrato falado é uma esperança de denúncias que vão levar a prisão do autor. A partir do momento que o criminoso ganha um rosto, feições humanas, a polícia consegue obter êxito na investigação”, salienta Juliana Chiquito.

A atribuição para a elaboração do retrato falado é da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), por meio do datiloscopista, mas a Polícia Judiciária Civil estuda firmar convênio com a Politec para formar policiais aptos no serviço de confecção do retrato falado digital.
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