“No meu entender não existe conspiração contra a cúpula do Ministério dos Transportes”. A avaliação é do diretor geral de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antonio Pagot, feita em resposta ao deputado federal Anthony Garotinho (PR/RJ), que pediu esclarecimentos de Pagot sobre a possibilidade de ter ocorrido “fogo amigo” do Planalto para demitir o ministro Alfredo Nascimento.

“No meu entender não existe conspiração”, respondeu Pagot após Garotinho ter feito a pergunta mais aguardada desta audiência pública realizada na Câmara para ouvir esclarecimentos a respeito sobre denúncias da revista veja de fraude nas licitações, pagamento de propina e superfaturamento nas obras.

Questionado sobre o fato de toda a cúpula dos transportes ter sido demitida - mesmo com todas as explicações de Pagot de que nào houve irregularidades -, o diretor do Dnit não soube explicar as razões que levaram a presidente da república a adotar esta medida.

E completou dizendo que não sabe porque ainda não perdeu o cargo. “Não sei porque ainda não fui demitido. Isso não significa que eu não seja demitido ao final de suas férias. A presidente Dilma tem apreço ao PR e aos parlamentares do PR”, completou.

Garotinho também quis saber se a presidente Dilma tinha conhecimento dos aditivos e das decisões adotadas pelo comitê gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Pagot. durante o período em que esteve à frente do Comitê Gestor como ministra chefe da Casa Civil, até outubro de 2009, Dilma esteve informada de tudo, mas não garantiu que ela tivesse controle dos gastos do ministério após ter assumido a presidência.

“Até outubro de 2009 ela esteve ciente de tiudo. Depois passou por um período doente quando volto, Mirian Belchior assumiu o comitê gestor. Tenho convicção que ela sabia quando era responsável. Durante a campanha, ela fazia perguntas, recebeu relatórios, mas já não estava mais no Comitê Gestor”, reconhece Pagot.