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Pagot diz vem sendo grampeado há mais de dois anos

13 Jul 2011 - 17:07

De Brasília - Marcos Coutinho e Bruno Cassiano / Da Redação - Alline Marques

Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara

Pagot diz vem sendo grampeado há mais de dois anos
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (dnit), Luiz Antonio Pagot, afirmou há pouco, em entrevista coletiva após audiência pública convocada para apurar denúncias de corrupção no âmbito do Ministério dos Transportes, que vem sendo monitorado há dois anos e meio  "por organismos de investigação" supostamente do governo federal.


“Eu estava na casa de um amigo quando um homem me ligou e perguntou se eu estava perto de um telefone fixo. Então eu perguntei ao meu amigo se poderia dar o número de sua casa e ele disse que não teria problema. Em 10 minutos, essa pessoa (um suposto agente) me ligou e me informou de detalhes sobre uma conversas que mantive com um candidato a deputado estadual que eu teria convencido a não disputar a eleição porque ele seria destroçado. Depois, ele confirmou um diálogo meu com a minha filha, quando eu pedi para ela que não se unisse com uma pessoa antes de conversar comigo pessoalmente. E só eu e minha filha sabíamos dessa conversa. Aí eu percebi que, de fato, a conversa era verdadeira", narrou Pagot.

Citando outros fatos, o diretor do Dnit informou que o suposto espião informou-lhe que ele recebeu mais de 100 ligações do senhor Fábio Monteiro, do Amazonas, nos último dois anos e meio. "Ele (Fábio Monteiro) me liga todo mês para saber como estou e para me dar notícias. Ou seja, o sigilo telefônico já foi quebrado há muito tempo, por isso não temo quebrar meus outros sigilos (bancários e fiscal)”, declarou.

O desabafo foi feito porque, durante a audiência, ele foi desafiado pelo deputado Wanderlei Macris (PSDB-SP) para que assinasse um documento autorizando a quebra de seus sigilos.

“Estou estupefato, porque ele (suposto agente) contou detalhes de ligações feitas ou recebidas por mim que nem lembrava mais. Uma, por exemplo, que eu liguei para o prefeito de Água Boa (Maurício Tonhá) autorizando-o a vender um gado que eu tenho, ele me falou os detalhes. Ou seja, podem me investigar não temo nada. Se há dois anos e meio estou grampeado e não me aconteceu, o que mais posso temer? Se tivesse feito alguma coisa errada eu já teria sido até preso, mas tenho consciência tranquila de que cumpri meu dever”, desabafou.

Pagot informou ainda que foi informado sobre o grampo telefônico no último dia 5 e só então passou a perceber a gravidade da situação “Eu não considero isso grave, nem muito grave, considero gravíssimo. Por isso vou fazer um pedido para que a Polícia Federal abra uma investigação”, declarou durante entrevista.

De acordo com Antonio Pagot, o suposto agente só passou as informações porque afirmou "estar com pena" de sua situação, já que ele (o agente) tem um irmão que trabalha numa grande empresa de consultoria e se diz um grande admirador do diretor do Dnit.

Mais informações em instantes.Primeira atualização às 17h43/Atualizada e corrigida às 23h06
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