Uma das primeiras atuações do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), no parlamento estadual, na 17ª Legislatura foi à realização de uma Audiência Pública no dia 17 de fevereiro com a finalidade de discutir os efeitos da implantação do projeto de mobilidade urbana na capital pela Secretária Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU). "Desde o inicio da minha empreitada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, já questionava os impactos que a sociedade irá sofrer com as obras de Mobilidade Urbana e a implantação dos radares em Cuiabá”, declarou o parlamentar. Na oportunidade, Emanuel, questionou o Secretário Municipal de Trânsito e Transporte, Edivá Pereira Alves, sobre as possíveis instalações de radares. Edivá garantiu que essa não era a decisão da Prefeitura Municipal de Cuiabá, afirmando que os radares causariam transtorno a população. Mesmo tendo anunciado no final de 2010 a instalação dos mesmos.

Emanuel Pinheiro ainda preocupado apresentou uma indicação ao Departamento Estadual de Trânsito, Teodoro Moreira Lopes, prefeito municipal de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), secretário municipal de Trânsito e Transporte Urbano, Edivá Pereira Alves, prefeito municipal de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), secretário Municipal de Transporte Urbano de Várzea Grande, Anderson Vieira Souza e ao presidente da Agência de Execuções dos Projetos da Copa do Pantanal - AGECOPA, Éder Moraes. Pedindo ponderação na instalação de radares na capital.

“Já provocamos várias discussões sobre a instalação dos radares, porém, a impressão que temos é que foram gritos vazios, como se estivéssemos sendo ignorados, enquanto isso quem irá sofrer é a população”, declarou.

Emanuel, que já atuou como secretário de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá durante um ano (2005 a 2006), disse acreditar que o Estado e o Município deveriam discutir mais com a população a implantação dos radares. "Já que estamos pensando em tantas propostas de melhoria e humanização do trânsito, nada mais justo que esta medida também viesse fazer parte das discussões", ressaltou o parlamentar.

Pinheiro disse que não questiona a importância dos equipamentos na preservação de vidas, o que ele questiona é o “momento”, que segundo ele é inoportuno. "O momento não é o mais adequado para a medida. "Depois que as obras forem concluídas acredito que deve ser feito um estudo para avaliar se ainda será necessário ou não a implantação, mas acho que o momento não é oportuno", avaliou.

De acordo com Pinheiro, as mudanças vão mexer com o cotidiano dos cuiabanos e dos várzea-grandenses, principalmente, no que se refere ao direito de "ir e vir" da população.

Para Pinheiro, as obras de mobilidade serão suficientes para "acalmar" o fluxo dos veículos. "Os pontos onde estariam os radares são os locais onde haverá intervenção viária, então vão colocar radar para que? Para gastar o dinheiro público?” questiona o deputado, que acredita que a medida vai diminuir a qualidade de vida dos habitantes da baixada cuiabana. "Vai ser desperdiço de dinheiro público", explanou Emanuel.

O deputado ressaltou que no momento a preocupação deve ser a de garantir as obras de mobilidade urbana que foram suspensas pelo Governo Federal, devido às denúncias de irregularidades no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

“Faço mais uma vez o apelo ao prefeito interino Julio Pinheiro (PTB), ao secretário Edivá Alves e autoridades competentes que não cometam esse desrespeito com a sociedade, a população já vai ser sacrificada com os transtornos causados pelas obras e desapropriações. É à hora de dar prioridade nas discussões sobre a alteração dos horários de funcionamento do comércio, órgãos públicos, das escolas estaduais e privadas durante a realização das obras, para evitar o caos”, pontuou Emanuel Pinheiro.

Para descontentamento da população, ontem (13), o prefeito em exercício Júlio Pinheiro, firmou compromisso com o Ministério Público Estadual em acordo assinado de até novembro licitar e implantar os radares de fiscalização eletrônica para medir velocidade e autuar motoristas em ultrapassagens indevidas.