Em um jogo marcado por um grande equilíbrio, América-MG e Cruzeiro ficaram apenas no 0 a 0 na tarde deste domingo, no Mineirão. O time celeste não conseguiu impor o ritmo forte e o poderio ofensivo de rodadas anteriores, muito mais por mérito do adversário do que por deficiências de sua equipe. O Coelho mostrou futebol de time grande, jogou de igual para igual e dificultou muito a vida da Raposa. No fim, o resultado foi o mais justo neste que é um dos grandes clássicos do Campeonato Mineiro.
Na próxima rodada da competição, a equipe celeste joga no domingo contra o Rio Branco, fora de casa, às 16h. No mesmo dia e horário, o America enfrenta o Villa Nova, dentro de casa. A Raposa segue na liderança do torneio com 21 pontos, mas vês sua diferença para o segundo colocado, o Atlético, cair para apenas um ponto. Já o América, não conseguiu cumprir seu objetivo de ficar entre os quatro primeiros colocados, mas com os 14 pontos que tem no momento, se classifica para a próxima na quinta colocação.
Equilíbrio no primeiro tempo
Talvez devido ao jejum de sete anos sem vitórias sobre o Cruzeiro, o América começou a partida com bastante "fome" de gol. Partiu para cima logo nos primeiros minutos, mostrando que não facilitaria a vida celeste no Mineirão. Conforme os minutos iam transcorrendo, a Raposa equilibrava a partida. Aos 9 minutos, houve até uma reclamação por parte do Coelho por um suposto pênalti de Sorín em Bruno Mineiro, mas a jogada de maior perigo saiu dos pés Elicarlos, aos 12 minutos. Sorín descobriu Kléber pelo meio, e este rolou para o chute de Elicarlos. Flávio voou para espalmar para fora.
Mesmo com a superioridade técnica da Raposa, o América se comportava como time grande, fazendo jus aos seus tantos títulos mineiros. Aos 16 minutos quase marcou em jogada na área, mas o juiz assinalou impedimento. Aos 30 e 36 teve outras oportunidades através dos pés de Luciano e Tucho, respectivamente, mas esbarraram em boas defesas do Fábio. O Cruzeiro teve a melhor chance de abrir o placar no primeiro tempo aos 34 minutos de jogo. Soares recebeu a bola dentro da área e chutou forte para o gol. Flávio, em dois tempos, defendeu o primeiro chute e bloqueou o segundo, no rebote de Gerson Magrão.
Mais uma etapa de jogo duro
A segunda etapa começou de forma bem parecida com a anterior. O Cruzeiro procurando brechas na defesa do Coelho, que por sua vez respondia em jogadas de muito perigo no ataque. O América teve dois bons lances com Luciano aos 6 e 7 minutos. Mas faltou pontaria. Na primeira, tabelou com Bruno Mineiro e chutou para fora. Na segunda, invadiu a área pela esquerda e mandou a bola para fora novamente. A resposta cruzeirense veio aos 13 minutos com Sorín, que aproveitou cruzamento de Marquinhos Paraná, dominou no peito e bateu colocado para o gol. O goleiro Flávio mais uma vez se esticou todo e salvou o América.
A melhor oportunidade de todo o jogo aconteceu aos 25 minutos. Em uma troca envolvente de passes no ataque celeste, entre Camilo, Kléber e Soares, a bola chegou aos pés de Jonathan pelo lado direito. Livre de marcação ele soltou uma bomba na trave. A partir daí, as duas equipes pecaram pela falta de criatividade ofensiva e ficaram presas facilmente na marcação dos defensores. O empate coroou a aplicação tática do América, mas não foi tão comemorado pelos jogadores celestes que vêem o Galo se aproximar na tabela.
