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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Após demissões, Dilma se reúne com ministro dos Transportes

A presidente Dilma Rousseff está reunida na tarde desta sexta-feira (15) com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para discutir as novas denúncias no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Nesta manhã, Passos determinou o afastamento temporário do diretor executivo do Dnit, José Henroque Sadok de Sá, após o jornal ''Estado de S.Paulo'' publicar que a construtora da mulher dele teria faturado R$ 18 milhões para fazer obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, vinculadas a convênios com o órgão.


O ministério dos Transportes também instituiu uma comissão de processo administrativo disciplinar para apurar os fatos publicados pelo jornal. Além da diretoria executiva, Sadok acumulou o cargo de diretor-geral do Dnit porque o titular, Luiz Antonio Pagot, foi afastado do cargo, mas está oficialmente em férias.

Na conversa com Dilma, Passos deverá definir um novo nome para o comando do Dnit.

De acordo com o Ministério dos Transportes, Frederico Augusto de Oliveira Dias também foi afastado do Dnit por Paulo Sérgio Passos, após denúncia publicada no jornal "Folha de S.Paulo" de que ele atuaria como assessor da diretoria-geral em reuniões com prefeitos e autoridades, apesar de nunca ter sido nomeado pelo governo.

Segundo o jornal, Frederico Augusto é definido como "boy" pelo diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, mas possui sala própria e e-mail oficial do órgão. Ainda de acordo com a reportagem, Frederico Augusto é filiado ao PR e foi indicado para o "cargo" pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), réu no processo do mensalão.

A crise no Ministério dos Transportes teve início há duas semanas quando a revista "Veja" publicou reportagem revelando um suposto esquema de superfaturamento em obras envolvendo servidores da pasta. A crise se agravou após suspeitas de que o filho do então ministro dos Transportes teria enriquecido ilicitamente em razão do cargo do pai.

A reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

Dilma Rousseff determinou o afastamento da cúpula dos Transportes e, na semana seguinte, o ex-ministro Alfredo Nascimento pediu demissão do cargo. Ele foi substituído por Paulo Passos.
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