A Câmara dos Vereadores de Cuiabá, em nota distribuída à imprensa, negou ter autorizado a privatização da Companha de Saneamento da Capital (Sanecap), conforme foi ventilado por setores da mídia e sustentado em argumentos dos servidores da empresa e líderes sindicalistas.

Consta de trecho da nota que os vereadores aprovaram "apenas" a criação da Agência Municipal de Regulação dos Serviços de Água e Esgotamente Sanitário, a Amaes. "A Câmara informa ainda que...nenhum projeto da venda da concessão ou alienação da Sanecap foi aprovado". 

Por 13 votos a um e três ausências, a mensagem do Executivo Municipal foi apreciada e aprovada na última terça-feira, no que a oposição e os representantes dos funcionários da companhia classificaram como uma "manobra" realizada com aval do prefeito interino de Cuiabá, Júlio Pinheiro (PTB), que é presidente da Câmara.

Na nota de esclarecimento, onde constam os brasões da Câmara e da Prefeitura, a mesa diretora diz que quer reestabelecer a verdade dos fatos e acusa alguns veículos de comunicação de arranhar a imagem do Poder Legislativo.

"...induzindo a população a erro e contradição do que se votou eo que se tem dito...são informações distorcidas por influência de pessoas que pretendem conqustas dividendos políticos ou outros motivos claros", diz outro trecho da nota.

Segundo a tese dos poderes Legislativo e Executivo, a Amaes é imprescindível para fiscalizar e disciplinar o funcionamento do sistema de água e esgoto, inclusive com competência para notificar, advertir e suspender o contrato da concessionária.

Ou seja: a criação da Amaes é o primeiro passo dado no sentido da venda da concessão dos serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto.

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