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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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gestão compartilhada

Pinheiro nega venda da Sanecap e joga 'responsabilidade' para Estado

Foto: Secom/ Câmara de Cuiabá

Pinheiro nega venda da Sanecap e joga 'responsabilidade' para Estado
Após a polêmica aprovação e sanção relâmpago da lei que cria uma agência reguladora para fiscalizar a prestação de serviços de fornecimento de água na capital, na qual um dos artigos prevê a concessão do serviço para empresas privadas, o presidente de Câmara Municipal de Cuiabá, enquanto prefeito interino, Júlio Pinheiro (PTB), argumentou que defende uma gestão compartilhada entre Estado e prefeitura.


“Defendo que a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) tenha gestão compartilhada entre o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá. Nós não queremos privatizar a Sanecap, se quiséssemos, já teríamos privatizado”, argumentou.

Pinheiro não só foi duramente criticado por ‘abrir as portas para a privatização’ com a criação a agência, mas também pela maneira com a qual o processo foi conduzido. O prefeito encaminhou a mensagem ao Legislativo em caráter de urgência para ela ser votada no mesmo momento em que acontecia uma audiência pública sobre a Sanecap na Câmara.

O vereador Lúdio Cabral (PT) afirmou que não sabia da votação e estava na audiência pública, por isso não compareceu. Segundo ele, está evidente uma jogada política “vergonhosa” de Pinheiro.

No entanto, Júlio desconversa sobre a hipótese de ter articulado a ‘jogada’ para aprovar a criação da agência às escondidas. “Houve um erro por parte do Executivo. A mensagem foi enviada e a gente esqueceu que tinha sessão. Foi uma infeliz coincidência”, explicou.

Os jornalistas que cobrem a Câmara diariamente também acabaram sendo pegos de surpresa. Tanto que não houve cobertura da imprensa na sessão que aprovou a agência. Uma repórter ouvida pelo Olhar Direto afirmou que chegou a tentar entrar na sala de imprensa, na qual os jornalistas acompanham a sessão, mas a mesma estava trancada.

O fato é que se o objetivo era aprovar às escondidas a lei que abre espaço para a concessão do serviço de fornecimento de água, o tiro acabou saindo pela culatra. A resposta veio no dia seguinte, com a invasão dos servidores da Sanecap na Câmara.

A violenta ação mostrou o descontentamento da categoria com a Câmara. Caso a tese de que a concessão é mesmo a panaceia para a deficitária distribuição de água na capital, o protesto revela que houve pouco (ou nenhum) debate e esclarecimento à sociedade. Os servidores da Sanecap prometem greve e não parecem dispostos a ceder.

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