O presidente Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo de 2014 (Agecopa), Eder Moraes, admitiu divergências políticas entre ele o diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, mas afirma que nem elas ( as divergências) o faria torcer contra ele, que deve ser exonerado do cargo pela presidente Dilma Roussef assim que voltar de férias.

A provável saída de Pagot do órgão é vista com preocupação por Eder. Segundo ele o Estado perde um representante forte numa área estratégica do governo Federal, que pode trazer prejuízos para as pretensões de Mato Grosso, de consolidar seus avançoos na área de infraestrutura.

Ele reconheceu que é publica e notória suas divergências com Pagot, mas disse que torce muito para que o desfecho seja favorável tanto para o diretor, quanto para Mato Grosso. “Torço muito pelo Pagot. Todos sabem que tivermos divergências em diversos assuntos e discussões tornadas públicas, mas trabalhamos em busca do bem comum para Mato Grosso”, declarou Eder nesta quarta-feira em Brasília após reunião com o Comitê Gestor da Copa do Mundo, em que Mato Grosso apresentou a defesa sobre a troca do modal de transporte de BRT para VLT.

O presidente da Agecopa avalia como pouco provável o retorno de Pagot ao Dnit. Segundo ele as denuncias dos últimos dias criaram um clima praticamente insustentável para o diretor. “É uma situação muito difícil e complicada, mas torço com muito carinho para que ela seja resolvida o quanto antes”, concluiu.

A última troca de farpas entre Pagot e Moraes aconteceu no mês passado por conta de uma declaração do diretor, em que teria dito em entrevista à TV Record, que Cuiabá corria o risco de perder lugar para Goiânia na Copa do Mundo porque a capital de Goiás tem uma melhor infraestrutura, enquanto as obras de Cuiabá sequer saíram do papel. As declarações irritaram Éder que não poupou ofensas a Pagot.