O presidente da Agecopa (Agência Executora das Obras da Copa), Eder Moraes Dias, em tom de cautela, preferiu não criar expectativas com relação à possibilidade de Cuiabá sediar a Copa das Confederações em 2013, evento preparatório para a Copa de 2014.
Em entrevista ao
Olhar Direto, em Brasília, Eder avalia que Cuiabá não estará totalmente pronta a tempo de sediar o evento em comparação com outras capitais do sul e do sudeste em termos de infraestrutura urbana e hoteleira. As cinco sedes do evento serão anunciadas oficialmente no dia 29 de julho, no Rio de Janeiro.
Ele lembra que os critérios adotados pela FIFA são de caráter econômico-financeiro, de densidade demográfica e levam em consideração também a rede hoteleira e turística, a capacidade de acomodação, além de já exigir as obras de infraestrutura concluídas.
“Enquanto presidente da Agecopa, não vou vender ilusões e expectativa à sociedade mato-grossense de que vamos sediar a Copa das Confederações sabendo que o risco de não tê-la é iminente. Estaremos prontos do ponto de vista do estádio, mas não estaremos prontos em termos das obras de infraestrutura, que são necessárias”, admite.
O presidente da Agecopa diz que prefere fazer bem feita a Copa do Mundo de 2014 do que realizar de forma arriscada a Copa das Confererações em 2013. Contudo, se compromete em entregar o estádio pronto antes de 2013.
“A decisão minha, enquanto presidente da Agecopa, é de entregar o estádio concluído em 2013 caso a FIFA não escolha entre outras sedes que hoje estão mais bem preparadas do que Cuiabá em relação aos critérios. Soará como fracasso se não conseguirmos fazer bem feito. Por isso, não temos expectativas quanto a isso”, avaliou Eder, segundo o qual sua decisão "em não criar expectativa tem a ver com o seu perfil como gestor".
“Na minha trajetória enquanto gestor público, as palavras ousadia, eficiência e transparência sempre foram marcas registradas. A mediocridade e a covardia não fazem parte do meu vocabulário. Portanto, ser realista com o povo de Mato Grosso não significa abdicar do desejo de ter aqui a Copa das Confederações, mas temos que ter os pés no chão e ponderar os elevados riscos”.
