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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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ANTIDEMOCRACIA

Vereadores esquecem democracia e impedem fala de petista e deputado

Foto: Alline Marques - OD

Lúdio e Valtenir foram impedidos de discursarem durante sessão

Lúdio e Valtenir foram impedidos de discursarem durante sessão

Além de cercearem o direito de resposta do vereador Lúdio Cabral (PT), ofendido pelo “colega” Antônio Fernandes (PSDB), os vereadores, num exemplo de antidemocracia, ignoraram a presença do deputado federal Valtenir Pereira (PSB) e não lhe deram direito de falar na tribuna. O parlamentar ficou indignado com os fatos e lamentou a postura do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Júlio Pinheiro (PTB).


A Mesa Diretora parecia não estar disposta a ouvir os contrários à privatização da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) e tratou de encerrar rapidamente a sessão ordinária na Câmara Municipal palco de mais uma manifestação na manhã desta terça-feira (2).

Antônio Fernandes acusou Lúdio de mentir para a sociedade e tentar enganar o povo. Isso porque, o petista não estava presente na sessão de votação da lei que cria a Agência Municipal Reguladora dos Serviços de Água e Esgoto (Amaes). Para o tucano, o parlamentar foi omisso e agora agita a população, mas sequer vai aos bairros para saber o que a população quer. Para finalizar, ironizou: “PT saudações”.

Lúdio lembrou que a postura da Mesa Diretora de impedi-lo de usar a palavra quebra o regimento interno e cabe medida judicial, mas não informou se irá à justiça. Porém, nem mesmo assim ele se calou e foi à frente da Câmara no final da sessão dar esclarecimento aos manifestantes, impedidos de entrar na Casa do Povo.

O petista informou que esteve atento durante a sessão para evitar uma nova manobra para aprovação de uma suposta lei que o Executivo apresentaria ainda nesta terça-feira (2) e destacou que o Poder Público “está tratando os serviços de água e esgoto como mercadorias”.

A sessão foi marcada por polêmicas, mas já ficou claro que caso o prefeito encaminhe uma nova lei sobre o assunto para a Câmara terá maioria dos vereadores. O vereador Toninho de Souza (PDT) fez a ‘mea culpa’ e já adiantou que caso não abra para discussão não votará favorável ao projeto.

Porém, o companheiro de partido Adevair Cabral ignora até mesmo o posicionamento do presidente da sigla, senador Pedro Taques, que participa do movimento contrário à privatização, e se posicionou favorável à concessão. Ele ainda comparou com a energia elétrica, privatizada na década de 1990, no entanto, os serviços de energia foram privatizados e não concedidos por tempo determinado à iniciativa privada como o município pretende fazer.

Taques defende a ampliação do debate e maior transparência. Na segunda-feira (1), ele se reuniu com os vereadores Adevair Cabral, Toninho de Souza, Clovito e Lúdio. O presidente da Câmara Municipal, Júlio Pinheiro (PTB), e outros parlamentares também foram convidados, porém, não compareceram.

Pinheiro tem evitado o debate, afinal o projeto foi aprovado durante o período em que ele comandava a Prefeitura de Cuiabá, enquanto Galindo usufruía das férias. O presidente tem ignorado qualquer posicionamento contrário e insiste na concessão dos serviços, mesmo com a decisão liminar que derrubou a lei aprovada a “toque de caixa”.
O legislativo ainda deve recorrer da decisão, mas já se adianta e articula com o Executivo a elaboração de uma nova lei, também elaborada sob sigilo, conforme o próprio procurador do Município, Fernando Biral, afirmou.

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