O senador Blairo Maggi (PR/MT) disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa vir a público para esclarecer a diferença entre mudança de escopo e superfaturamento nas obras do Ministério dos Transportes e dirimir definitivamente as dúvidas em torno das denúncias do chamado Mensalão do PR.

Em aparte ao discurso do senador e ex-ministro dos transportes, Alfredo Nascimento (PR//AM), Blairo disse que o PR (Partido da República) não pode ser responsabilizado pelas denúncias que culminaram com a queda de Nascimento, de Luiz Antonio Pagot, do Dnit, e de outros 21 ocupantes de cargos no Ministério.

“O PR não tem que ser mais responsável pelo Ministério dos Transportes. Se Dilma quiser continuar com Paulo passos, que continue, mas ele não é do PR. Eu só tenho uma pessoa indicada no governo. É a presidente Dilma”, destacou Blairo.

Ao discordar das denúncias de superfaturamento, o senador disse ainda que os R$ 16 bilhões incluídos no orçamento do Dnit não são suficientes para realizar todas as obras de infraestrutura que o país precisa. “Dezesseis bilhões não são nada. O Brasil precisa de R$ 140 bilhões para resolver seus problemas de infraestrutura”, acrescentou.

Momentos antes, o senador Magno Malta (PR/ES) defendeu a saída do PR da base do governo da presidente Dilma. “Não precisamos continuar como base de ninguém. Como o senhor mesmo disse, senador Alfredo Nascimento, nós não somos lixo”, disparou Malta.